quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

"Fazer amigos é um instinto. É mais forte do que você"

Trecho da reportagem de capa da edição deste mês da revista Superinteressante (n. 288):

Ter amigos só traz benefícios. Quanto mais, melhor. Mas há um limite. Um estudo feito na Universidade de Oxford comparou o tamanho do cérebro humano, mais precisamente do neocórtex (área responsável pelo pensamento consciente), com o de outros primatas. Ele cruzou essas informações com dados sobre a organização social de cada uma das espécies ao longo do tempo. E chegou a uma conclusão reveladora: 150 é o máximo de amigos que uma pessoa consegue ter ao mesmo tempo.
Para que você mantenha uma amizade com alguém, precisa memorizar informações sobre aquela pessoa (desde o nome até detalhes da personalidade dela), que serão acionadas quando vocês interagirem. Por algum motivo, o cérebro não comporta dados sobre mais de 150 pessoas. Os relacionamentos que extrapolam esse número são inevitavelmente mais casuais. Não são amizade. Outros pesquisadores foram além e constataram que, dentro desse grupo de 150, há uma série de círculos concêntricos de amizade: 5, 15, 50 e 150 pessoas, cada um com características diferentes.

DO PEITO
5 AMIGOS- São os íntimos, com quem você mais fala - e não hesitaria em ligar de madrugada ou pedir dinheiro emprestado. Para Aristóteles, 5 era o número máximo de amigos verdadeiros.

GRUPO DE EMPATIA
15 AMIGOS- São pessoas bastante importantes para você - se algumas delas morresse amanhã, você ficaria muito triste. Este grupo pode incluir gente do trabalho ou amigos de amigos.

NÚMERO TÍPICO
50 AMIGOS- É o número de amizades mantidas pela maioria das pessoas, e também o tamanho médio dos agrupamentos humanos primitivos (como bandos de caça).

LIMITE
150 AMIGOS- Máximo que o cérebro consegue administrar ao mesmo tempo. São as pessoas cujos nomes, rostos e características você consegue memorizar e acionar caso seja necessário.

É inegável que a matéria assume as informações destacadas de maneira obtusa, quase como um dogma. Como tudo em ciência, as afirmações acima devem ser recebidas com senso crítico e as devidas valorações. Creio que tenho mais do que 5 amigos do peito (mas acho que não devemos pedir dinheiro emprestado para ninguém!) e, com certeza, as perdas que me afetariam excedem em muito o número 15. Mas considero valiosas pesquisas como estas, ao menos como parâmetro para entendermos melhor o mundo em que vivemos e como agimos nele.
No final das contas, ter amigos é maravilhoso e, comprovadamente, faz bem à saúde.

6 comentários:

Liandro Faro disse...

Eu tenho quase 800 "amigos" no meu ORKUT!!!! rsrsrsrsr

Bem interessante essa pesquisa!

Frederico Guerreiro disse...

Ihhh, então se a revista me entrevistasse o repórter diria: "meu filho, então moooorra, moooorra!

Luiza Montenegro Duarte disse...

Também tenho um pouco mais que 5 amigos do peito, graças a Deus, mas meu primeiro pensamento foi o de que eu não pediria dinheiro emprestado para eles, não!
Mas enfim, se um dia eu TIVESSE que pedir, sob pena de morte, era pra eles que pediria, claro.

Yúdice Andrade disse...

Eu tenho uns seiscentos e tantos, Liandro. Conheço todos, mas não mantenho vínculos com a maioria. Nosso único contato é mesmo o Orkut.

Espero estar ao menos entre os candidatos ao grupo dos 150, Fred.

Somos felizardos, então, Luiza. E, se Deus quiser, nunca precisaremos fazer esse pedido atroz a ninguém!

Ana Miranda disse...

Vixi...
Será que eu tenho 15 amigos???
Conhecidos eu tenho uns "trocentos", mas, AMIGOS??? Sei, não, viu?!

Yúdice Andrade disse...

Mas sempre é bom ampliar a rede, não, Ana?