quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Uma questão de tom

A família de minha esposa tem tradição musical. Júlia é trineta de um maestro (José Agostinho da Fonseca); bisneta do maestro Wilson Dias da Fonseca (o Isoca), um dos grandes compositores eruditos brasleiros; neta e sobrinha de outros maestros, músicos e compositores. Aos dois anos e meio, ainda não sabe nada de música, mas parece já ter adquirido a marrentice dos artistas.

Esta manhã eu a levava para a escola e ela começou a cantarolar uma cançãozinha. Depois me pediu que cantasse Aquarela, a sua canção favorita. Entoou os dois primeiros versos e eu prossegui dali. Repreendeu-me: queria que eu cantasse desde o "sol amarelo". Reiniciei, mas ela nem me deixou prosseguir:

— Não, pai! Não está bom esse tom!

E eu merecia uma dessas às 7h35 da manhã?

2 comentários:

Anônimo disse...

Hahaha, que legal, Yúdice! Queria tanto que minha sobrinha também tivesse esse dom para eu ensiná-la tocar ao piano, mas ela só quer saber de montar e desmontar as coisas. Acho que será engenheira… Mas o fato é que inevitavelmente sua Júlia já é uma artista pelo que você falou. Aproveite esta dádiva, meu amigo!

Alexandre

Ana Miranda disse...

Talentosa, sua filha hein Yúdice?
Já viu que vai ter que cantar sempre no tom com ela, né?