segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Isso é que é trote

Universitários vão ajudar escalpelados
A Escola Superior da Amazônia (Esamaz) fez ontem um trote educacional com orientação em solidariedade às vítimas de escalpelamento no Pará. Uma palestra aconteceu no campus da Municipalidade para os novos e antigos alunos do curso de Enfermagem: participaram o diretor de Planejamento Educacional, Reinaldo Gonçalves, o diretor de Ensino e Pesquisa de Extensão, Adalto Guesser, a representante do Comitê Estadual de Erradicação dos Acidentes de Escalpelamento, Iraquelma Castro, e a assistente social e palestrante Patrícia Gomes.

“Os estudantes de enfermagem tem por ‘obrigação’ prevenir para problemas assim. Eles são multiplicadores e fazem um papel fundamental na vida de comunidades que não tem tanta informação”, defendeu a assistente social Patrícia Gomes.
De acordo com informações da Secretaria de Saúde do Pará (Sespa), em 2010 houve redução dos acidentes de escalpelamento: apenas quatro foram registrados. Em 2009 esse número chegou a 24. A redução é reflexo dos trabalhos de prevenção feitos nas comunidades ribeirinhas.


TROTE SOLIDÁRIO
A aluna do 2º ano, Laila Garcia, prestava atenção redobrada à palestra: “É muito bom para nos conscientizar da gravidade que é o acidente. Podemos ser solidários com o problema”. A caloura Cleide Vilhena comemorou: “Estou começando com o pé direito. Me enchendo de informações que são muito úteis”.
No final do mês os alunos de enfermagem encerrarão o trote solidário com visita ao Espaço Acolher, que cuida de escalpelados. Os alunos devem também doar lenços para as cabeças dos acidentados.(Diário do Pará)

Mesmo compreendendo desde logo a gravidade do problema, depois que vi uma exposição da Marinha sobre as meninas escalpeladas, no campus da UFPA, tive uma noção maior dele. Não sabia da quantidade de casos nem de como as lesões podem ser muito mais terríveis do que nos parecem, à primeira vista. Não se trata, apenas, de arrancar o escalpo, mas às vezes arrancar até a lateral do rosto, com orelha e tudo. E tudo isso na infância ou na adolescência. Os efeitos psicológicos são devastadores.
Portanto, toda ajuda é mais do que bem vinda. Parabéns à Esamaz pela iniciativa.

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