quarta-feira, 6 de julho de 2011

Vá a pé

Atenção: esta postagem é do mês de maio deste ano. Ao corrigir um defeito no marcador, ela foi transportada para o dia de hoje. Enquanto não descubro como corrigir o problema, ela fica aqui, deslocada.

Não sei mais quantos anos eu tinha quando prestei atenção pela primeira vez numa eleição municipal, mas sei que naquele momento os candidatos já falavam sobre a necessidade de melhorar o transporte público na cidade, através de ônibus novos e limpos, melhor distribuição dos itinerários, regularidade nos horários e os famosos terminais de integração. Mais de duas décadas depois, nada aconteceu. Só o que mudou foi o nome de algumas linhas, alguns itinerários e a pintura (ou adesivos) dos veículos. Ah, sim, a tarifa muda uma vez por ano e ontem foi anunciado um valor de dois reais.
Dois reais!
Certa vez escrevi aqui no blog que ter um carro acabaria se tornando mais barato do que andar de ônibus. A assertiva foi questionada por algumas pessoas que, lucidamente, ponderaram que o custo do transporte em automóvel particular deve levar em conta, também, o IPVA, o seguro, a manutenção veicular, etc. Se reuníssemos todas essas despesas ao longo do ano e dividíssemos pelos dias rodados, constataríamos que ter um carro ainda sai mais caro.
Será mesmo? Continuarei a minha provocação lembrando que, como tudo o mais, custos também são relativos. As pessoas aceitam pagar mais por comodidade e conforto, desde que, é claro, disponham de  recursos para fazê-lo.
Na conjuntura que se apresenta, um cidadão que tome duas conduções para ir ao seu trabalho passará a gastar oito reais por dia (abstraindo o bilhete único que, segundo anunciado ontem, será implantado graças a uma iniciativa do augusto prefeito destas plagas), custo que, sinceramente, acredito rivalizar — e com perdas — em relação ao do proprietário de um carrinho barato, que rode poucos quilômetros por dia. Se ainda assim minha teoria não se confirmar, penso que ter uma motocicleta é a opção mais em conta para o bolso.
No final, a corda arrebentou naquele lombo mais previsível de sempre.

3 comentários:

Jean Pablo disse...

Aqui em Florianópolis eu pago R$ 2,25 e é uma das mais baratas. Há passagens que chegam à R$ 3,55.

Mas aí se fazes protesto és baderneiro.

O serviço é nada além de medíocre. Não integração intermunicipal, levando em conta que muitos moram e trabalham em municípios distintos, isso é péssimo.

Resultado: Filas enormes de carros, afinal aqui, muitas vezes, vale a pena ir de carro.

Abraços

Frederico Guerreiro disse...

Motocicleta, Yúdice? Não vale o risco. O trânsito é o vertedouro de tua a falta de educação e andar de moto só faz bem a quem não tem família. Eu que o diga depois que meu filho comprou uma, faz quase dois anos. Como bem sabes, já levou um tombo que o deixará com um braço torto pelo resto da vida. E quando é final de semana, então, eu e a mãe dele não conseguimos dormir até ele chegar. Não por causa que ele seja um amarrado no guidão, mas porque ninguém respeita motocicleta. Só eu. rss...
Mas não se preocupe. Antes de terminar o mandato, Dudu vai revolucionar o transporte público de Belém. Espera só. É prefeito importado de Katmandu.

Frederico Guerreiro disse...

Eu quis dizer "toda" a falta de educação. Não tua, é claro.