quinta-feira, 28 de julho de 2011

Você já teve vontade de mandar e-mails?

Engraçado, mas hoje não estou com vontade de postar. Estou com vontade de escrever para alguém.
Fui um sujeito que gostava de escrever cartas (e enviá-las, naturalmente). Escrevi muitos bilhetes para os amigos de sala de aula e jamais deixava de mandar cartões de Natal. Até me correspondi, por alguns meses, com uma gaúcha que publicou um anúncio naquelas revistas que faziam esse tipo de serviço. Não sei dizer exatamente como foi que esses hábitos se descolaram de mim. Mas sei que o surgimento do correio eletrônico tornou tão fácil a comunicação mas, contraditoriamente, as pessoas deixaram de se corresponder. Hoje, é comum mandar uma profusão de mensagens de piadas, bandeiras políticas, propagandas e aquelas odiosas correntes de fé-amor-e-esperança, mas pouco escrevemos para nossos amigos.
Eu não mando sequer as tais mensagens coletivas que mencionei acima. Uso raramente o meu e-mail para fins não profissionais. Estranho, isso...
Mas precisei mandar uma mensagem e, de repente, me flagrei com uma vontade intensa de escrever para alguém. O choque foi não me decidir quem seria essa pessoa. No mundo virtual, onde qualquer um pode ter centenas de "amigos" nos sites de relacionamentos, não consegui selecionar um só para escrever um alô.
Seguirei meu instinto natural e entenderei que o problema sou eu mesmo.

7 comentários:

Ana Miranda disse...

Pôxa...

Por que não escreveu para mim???!!!

Buááááááááááááá...

Maria Luiza disse...

Pode escrever pra mim seu Yudice, adoraria receber um e-mail do senhor, falo isso com todo respeito claro, sem segundas intenções, mas porque gosto do modo como o sr escreve.

Yúdice Andrade disse...

Verdade, não é, Ana? Perdi a perspectiva de expandir meus horizontes.

Maria Luiza, encanta-me a sua gentileza. Mas não posso escrever sem saber seu endereço de e-mail...

Luiza Montenegro Duarte disse...

Então essa o Xico Sá escreveu pra ti:

Shttp://xicosa.folha.blog.uol.com.br/arch2011-07-24_2011-07-30.html (não consegui individualizar a postagem, tem que ir ate o dia 26.07, procurando pelo título "Campanha permanente pela carta de amor").

Diz ele: "Pela volta da carta, pois o que se diz numa carta é de outra natureza, é o bem-querer em tom solene".

Cris Mattos disse...

Yúdice, meu caro, ofereço meu ombro e peço a gentileza de que me retribua oferecendo também o seu... rs...

Fui mais longe: teimei que usaria cartas! Sim, aquelas de antigamente... enviadas pelos Correios.

Precisa dizer que, dois anos depois da teima, ainda não escrevi uma linha sequer?

Pois é, também não consigo usar meu e-mail para envios pessoais. Respondo e-mails dos tutores que coordeno, do escritório, de colegas e alunos da faculdade em que leciono mas, dias atrás, quando abri (meu esquecido) msn e os (poucos) amigos reclamaram meu sumiço, percebi o mesmo que você: estamos tão perto (pelas novas ferramentas), mas tão longes.

É, também não tive muito o que escrever... Entendi que o problema era, sem dúvida, eu.

Meu abraço e meu ombro.
Cristiane.

Yúdice Andrade disse...

Que coisa bonita, Luiza! Vou ler o manifesto do Xico Sá. Recordo-me agora de quantas cartas mais ou menos apaixonadas escrevi, a ponto de adorar aquele poema do Fernando Pessoa, que diz serem ridículas todas as cartas de amor e termina dizendo que ridículos são apenas aqueles que jamais escreveram uma.

Minha sensação foi exatamente assim, Cristiane. Fico plenamente solidário a ti, porque te entendo. Podes usar os dois ombros!

Cris Mattos disse...

Ah, Yúdice, escrever para você rendeu um post... rs...

Como a 'culpa é do Yúdice', segue o link para você: http://nosolhosdenarciso.blogspot.com/2011/07/yudice.html

Abraços de selos.
Cristiane.