quarta-feira, 18 de outubro de 2006

Perguntar não ofende

Levar todo o secretariado para participar da inauguração do Hospital Regional do Sudoeste Dr. Geraldo Veloso, em Marabá — aquele mesmo prometido anos e anos atrás, mas só agora finalizado — constitui atividade de rotina do governo estadual ou é apenas um ato claramente eleitoral?

A presença de todos os secretários estaduais ao evento atende a alguma finalidade concreta de interesse público? Eles não seriam mais úteis ao povo permanecendo na capital, trabalhando?

Quanto custaram os enormes convites enviados pelo governo do Estado para Deus e o mundo? Tal despesa, mesmo correta do ponto de vista contábil, justifica-se no plano da necessidade-economicidade?

Transportar toda essa gente, claro que de avião, não implica em despesas desnecessárias e, em se tratando de Administração Pública, despesa desnecessária não é, somente por isso, ilegal?

Gastos públicos injustificados, apenas para dar maior densidade a um evento de autopromoção do governo, não constitui ato de improbidade administrativa e, portanto, crime?

Não está caracterizado crime eleitoral nesse aparato montado e divulgado pela imprensa?

O Ministério Público Eleitoral vai investigar isso ou está ocupado demais com outras coisas, quiçá mais importantes?

3 comentários:

Ivan Daniel disse...

O uso da máquina está cada vez mais presente nas campanhas eleitorais. Decobrir está ficando cada vez mais fácil porque as denúncias aparecem aos montes, e todos conseguem identificar esta prática abusiva. Mas punir está ficando cada vez mais difícil porque esse crime eleitoral vai envolvendo com seus tentáculos todas as esferas do poder e boa parte da sociedade.

Frederico Guerreiro disse...

Sim. É crime elitoral. Mas quem vai punir? Aguém acredita?

Unknown disse...

Ah...o Baile da Ilha Fiscal.