sexta-feira, 16 de abril de 2010

Rainha tirana


Gostou do bichinho aí ao lado?
Saiba que ele habita a região amazônica e pode eleger o seu nariz como moradia. Isso mesmo, o seu nariz.
Trata-se de uma sanguessuga, cujo nome científico é Tyrannobdella rex ou, em bom português, "sanguessuga rainha tirana". E é uma espécie nova. Que privilégio nosso, não? Pena que não encontrei a informação sobre o tamanho da criatura.

2 comentários:

Ana Miranda disse...

Estamos acostumados a isso: temos os políticos, só que eles sugam os nossos bolsos...

Vladimir Koenig disse...

Ana, não são só os políticos que sugam nossos bolsos não! A impressão que cada vez mais tenho é que todo mundo quer sugar o bolso de todo mundo. Ontem estava em um aniversário em um belo apartamento em um belo bairro de Belém quando uma senhora com belas e caras roupas, após comentar sobre as viagens internacionais que havia acabado de fazer, comentou que precisava levar documentos na Defensoria Pública para a ação de guarda de criança que estava movendo. Ora! Ela pode pagar advogado, mas mesmo assim faz questão de utilizar-se do serviço mantido a duras penas pelo Estado destinado exatamente àqueles que não podem pagar os honorários de advogado e nem têm nenhum amigo ou parente advogado que possa fazer de graça. Ao meus olhos, essa senhora também suga nossos bolsos. Além da falsa declaração configurar ilícito penal, gera maior demanda a um órgão que já tem graves problemas estruturais para dar conta do trabalho que lhe compete.
Na segunda-feira faço minha parte: tento descobrir qual o processo e alerto o defensor público responsável sobre a condição econômica da assistida.
Mas esse é só um exemplo de como não podemos atribuir a "eles", aos "políticos", aos "governantes" nossas mazelas. Elas são causadas por nós, pelos nossos parentes, amigos, pelas pessoas que estão ao nosso lado, não pelos seres etéreos e distantes de Brasília e palácios. Quando assumirmos que a fraude e a corrupção pequena tem a mesma hediondez da grande, talvez consigamos evoluir.
Abraços,
Vlad.