segunda-feira, 29 de janeiro de 2007

O show deve continuar

Ia para o trabalho hoje escutando o meu CD de canções antigas quando começou a tocar a imortal The show must go on, do Queen. A voz peculiar de Freddie Mercury (que tem uma simpática biografia resumida na Wikipedia) entoou os primeiros versos:


Empty spaces — what are we living for?Abandoned places — I guess we know the scoreOn and on!Does anybody know what we are looking for?


Eu gostava muito do Queen, naqueles anos em que minha infância cedia espaço à adolescência. Lembro-me de rir abertamente ao ver, pela primeira vez, o videoclip de I want to break free, com os membros da banda travestidos, verdadeiras drag queens. Um dia desses, minha esposa viu o clip pela primeira vez e reagiu da mesma forma. São lembranças ternas, para carregar pela vida afora.
Queen nos ofereceu grandes músicas e belas letras. Interessante como gostavam de falar de seus temas utilizando a própria condição de artista, de que esta canção acima transcrita parcialmente é um exemplo.
Senti saudade de Freddie Mercury e sua aparentemente inesgotável energia no palco. Pensei comigo mesmo que gostaria de ter visto um show dele e, com isso, lamentei que tenha partido. E assim chegamos ao mote desta postagem: bissexual, Freddie contraiu AIDS e as complicações dela decorrentes o roubaram de nós. Ele assumiu publicamente ambas as condições na véspera de sua morte, em 24.11.1991.
Muitos artistas daquela época continuam na ativa, para alegria de seus fãs e aborrecimento de quem não gosta deles. E muitos se afundaram nas drogas pesadas, inclusive injetáveis; praticaram todo tipo de excesso e continuam aí. Aquele chato do Mick Jagger, cujo cara tem pior aspecto do que o de algumas múmias cujas fotos vi pela internet (múmias, mesmo; não é força de expressão), é um exemplo disso. Tudo bem que o amor que ele tem pelo que faz deve alimentá-lo de energia para continuar feérico como é. Mas o fato é que muitos assumiram posturas de vida drasticamente destrutivas e estão aí. Freddie não, porque gostava de meninos e meninas. E sabe-se lá onde ia buscá-los...
Será justo que a orientação sexual mate mais do que as drogas? Dizia Cazuza, bem a propósito, que o seu prazer era risco de vida. Que pena. Mas Freddie está imortalizado em sua obra e numa estátua construída em Montreux, Suíça. Que continue o show!

3 comentários:

Val-André Mutran  disse...

Yúdice a BBC em Londres fez uma alentada enquete com seus ouvintes sobre qual seria a maior banda de todos os tempos. Sabe quem ganhou? O Queen.
Na terra dos The Beatles, Rolling Stones, Led Zeppelin, Eric Clapton e onde o americano Jimmy Hendrix explodiu para o mundo. Os ouvintes da BBC surpreenderam pela escolha.
Bem, surpreenderam os outros, não a mim que os considero uma das melhores de todos os tempos, só atrás do Zeppelin, minha banda predileta, sem pestanejar.
Viva o Queen!

Val-André Mutran  disse...

Uma dica. Há no mercado um documentário que foi veiculado recentemente no Discovery Channel em que é retratado os últimos momentos em vida do Fred Mercury. Seu resumo sobre as opções de comportamento de um megastar estão dissecados no tal documentário que ao mesmo tempo presta uma grande homenagem ao Mercury, assim como, relata com absoluta verdade e compaixão o último suspiro de um dos melhores e genial músico do planeta.
Abs e continue postando sobre música. Uma de minhas paixões.

Yúdice Andrade disse...

Val-André, nem de longe entendo de música. Não sei nem o que você, como fã, sabe. Mas sempre que puder, entrarei nessa seara. Muito obrigado por enriquecer o post.