quinta-feira, 8 de abril de 2010

Processo é a mãe!

A sociedade americana é engraçada. Direi assim, para ser simpático. Os estadunidenses são cheios de esquisitices, clichês e excessos de opinião. Já falei sobre isso em relação a cinema e sobre uma capa de revista mostrando uma mulher amamentando seu filho (por incrível que pareça, não encontrei o link para a minha própria postagem). Lá existe a obsessão por ser um vencedor (quer ofender um americano? chame-o de loser).
É muito bom que sejam educados, desde a infância, a ser independentes, mas daí a usarem o seu direito à privacidade contra os próprios pais, vai uma distância que eles não são capazes de perceber. Se um filho, mal saído dos cueiros, tivesse a audácia de lançar na minha cara que sou obrigado a respeitar o seu espaço, eu lhe daria uma resposta que admito pouco digna: o seu espaço está dentro da minha casa. Portanto, cara pálida, acaba com a graça e sai da frente!
É óbvio que, como todos os seres humanos, os filhos devem ser respeitados em sua intimidade. Até mesmo os adolescentes. Mas os pais têm deveres de proteger e educar que rivalizam com a tendência desagradavelmente intensa dos jovens de fazer besteira. A busca por um meio-termo nunca é simples.
O fato é que um moleque de 16 anos, americano, decidiu processar a própria mãe por violação a sua privacidade. Leia aqui o que aconteceu, pondere os argumentos da mãe e me diga se esse bostinha não merecia ser enquadrado.

6 comentários:

Tanto disse...

Eu sou um loser... o link é bloqueado aqui no banco.

Anônimo disse...

Professor, claro que merece. Mas isso não é fundamento pro senhor destilar seu preconceito contra a sociedade americana. Aqui no Brasil acontece coisa muito pior.

Ana Miranda disse...

"o seu espaço está dentro da minha casa. Portanto, cara pálida, acaba com a graça e sai da frente!"
Eh...eh...eh...
Minha metodologia consistia nesse pensamento.
E te garanto, dá certo, falo como mãe de um garoto de quase 27 anos e de uma mocinha de 21 anos.
Ambos seres maravilhosos, sabedores de seus limites e do respeito ao próximo.
Cada uma que acontece...

Yúdice Andrade disse...

Acontece, Fernando. Se serve de consolo, é só pensar que os bancos são os representantes de Satanás na Terra.

Das 10h05, honestamente, não vejo em meu texto nada que soe a preconceito. Não usei termos chulos ou mesmo debochados. Acredito ter ficado no estrito limite da liberdade de opinião. E, para minorar a sua falta de informação, já houve ocasiões, aqui no blog, em que elogiei duas características que aprecio muito nos americanos: o patriotismo e o respeito às instituições. Por isso, você se deixou levar por uma impressão apressada, o que sempre é ruim. Um pouco mais de calma pode render dividendos, em todos os setores da vida.

Espero que funcione mesmo, Ana. Porque com a Júlia vai ser desse jeito.

Frederico Guerreiro disse...

Será que o moleque inverteu os valores e as autoridades foram junto?

Yúdice Andrade disse...

Ele tem o direito de peticionar, Fred. Se vai vencer, é outra história. Mas em se tratando de americanos, é bom ter medo.