segunda-feira, 19 de fevereiro de 2007

Afundando

Viram os prognósticos de chuva e de marés para o próximo mês? As marés com mais de três metros de altura já começaram e vêm mais pela frente.

Todos os anos, Belém enfrenta as dificuldades causadas pelo período chuvoso. E todos sabemos que os dias que combinam temporal com maré de sigízia representam o caos para a cidade (especialmente o trânsito), desespero para os moradores de baixadas, impossibilidade de se chegar aos destinos, além do risco de doenças, por conta da água contaminada.

Este ano, ainda não tivemos a temida combinação. Porém, semana passada, fiz um longo trajeto pela cidade, passando por ruas como Pedro Álvares Cabral, Senador Lemos, Doca, Mundurucus, Conselheiro e outras. Tudo embaixo d'água. Motoristas apavorados interrompiam viagem e subiam nas calçadas. Outros voltavam pela contramão. Na esquina da José Malcher com a 9 de Janeiro, como sempre ocorre, veículos boiavam e, levados pela marola (!), batiam uns nos outros. Um, com a dianteira completamente enfiada na água, era sério candidato à perda total.

Se isso tudo ocorreu apenas com a chuva forte, quando somarmos as marés, para onde irá Belém? Essa será a prova de fogo de uma cidade sem prefeito, sem administração, sem governo e sem perspectiva, nos próximos 22 meses. Depois disso, o sedizente prefeito não poderá mais negar o que até as bactérias já sabem: não se fez nada por Belém nos últimos dois anos.

Dizer que estamos quase no fundo do poço é uma ironia que até mete medo. Pois, a qualquer momento, será a pura verdade.

5 comentários:

Citadino Kane disse...

Cadê o alcaide?!

Yúdice Andrade disse...

E nós temos um? Não sabia...

Anônimo disse...

Aguardem o DIA DO CÃO!

Frederico Guerreiro disse...

Não fez, não está fazendo, e não vai fazer. É simples: não sabe o que fazer.

Carlos Barretto  disse...

Nunca soube. Foi produzido artificialmente em laboratório político. Esqueceram de dar a ele a competência além dos votos.
E depois que o apoiaram, inflaram, amarelizaram, querem sair de mansinho, sempre por cima, dizendo apenas:
Errei! Foi mal!
Estas desculpas não aceitarei de ninguém. Seja de que partido for.