quinta-feira, 15 de fevereiro de 2007

Vivo me f...

A Vivo é uma empresa ordinária, de última. Digo-o assim mesmo, sem concessões. Graças a Deus, utilizo outra operadora de telefonia móvel. No entanto, pessoas de minha família são da Vivo e representam o motivo de minha irresignação.

Caso do meu irmão. Há coisa de um ano, quis usar os pontos do programa de bonificação da empresa para trocar de aparelho. Selecionou um modelo bacana, que lhe sairia por apenas 70 reais. Foi orientado no guichê de atendimento do aeroporto. Quando, porém, retornou lá para fazer negócio, disseram-lhe que ali é apenas um posto e que tal operação (resgate de pontos) somente poderia ser feita numa loja. Aborrecido com a perda de tempo (por que não disseram antes?), rumou para a loja do Castanheira, aquela que parece posto de saúde, de tão lotada. Ali ele podia fazer o negócio, mas não havia o aparelho escolhido. A solução era fácil: mandariam buscar o aparelho no guichê do aeroporto. Não o fizeram, contudo. E meu irmão ficou de palhaço na história, dependendo de uma simples movimentação, que lhe prometiam, prometiam, mas não faziam. Ele se ofereceu para ir buscar o telefone, mas isso lhe foi negado, por causa do controle de estoque. Depois de muitas idas e vindas e aborrecimentos, a compra foi consumada — não sem que eu o orientasse, em alta voz, que cancelasse a linha com essa empresinha ordinária. Não me escutou. Continua se aborrecendo.

Caso de minha esposa. Na mesma época, também quis trocar seu celular. Escolheu o modelo e ele também não existia na dita loja do Castanheira. Um tipinho se dizendo gerente, de nome Luís, solicitamente se prontificou a conseguir um. Mesma novela, sendo que ele chegou a marcar um dia para que minha esposa fosse à loja. Quando chegamos lá, nada de aparelho nem de gerente. Por telefone, deu umas desculpas esfarrapadas. Peguei o telefone, identifiquei-me e comentei que a Vivo deveria tratar melhor um cliente, ainda mais quando ele quer fazer uma compra. Usei a expressão "a Vivo está cozinhando minha esposa". O nervosinho então subiu nas tamancas e disse que eu ofendera. Que ele pretendia "ajudar" a minha esposa adiantando alguns procedimentos mas, por minha causa, ele ia "cumprir os procedimentos" e ela só teria o aparelho dali a uns três dias. Disse seus bostejos e desligou, para não escutar minha resposta. Um tipinho desses com problemas de auto-afirmação, que nos fazem pensar por que os abortamentos espontâneos ocorrem com as mulheres erradas. Azar o da gerente que estava lá, pois teve que me ouvir. Avisei a minha esposa: "permanecer cliente de uma m... de empresa como esta fica por tua conta e risco". Não me escutou. Aceitou a intervenção da outra gerente, que conseguiu o aparelho no dia seguinte. Por sinal, devido ao sistema fora do ar, ficamos quase duas horas enfiados na loja, num calor horrível (teto baixo com lâmpadas dicroicas), para fazer uma simples compra. Minha esposa só não continua se aborrecendo porque o celular foi roubado. Felizmente, já me anunciou que o próximo comprará na minha operadora.

Caso da minha cunhada. Está morando em Blumenau — SC e não faz o menor sentido possuir uma conta de celular aqui no Pará. Levei-a à matriz da Vivo, na Padre Eutíquio. Fomos recebidos com aquele clima de festa, por funcionários com lindos 32 dentes, todos à mostra. O discurso, na ponta da língua: você em primeiro lugar. Quando ela disse que pretendia cancelar a linha, as caras se fecharam. Em vez de ser cordialmente atendida por um ser humano, recebeu um celular para falar sabe-se lá com quem sabe-se lá onde. Cronometrei a ligação: 12 minutos. Mesmo informando o motivo de transferência de domicílio, teve que rejeitar expressamente mil e uma ofertas e promoções imperdíveis, inclusive aquela troca pelo aparelho top dos tops. Quando pararam de tentar demovê-la, avisaram que o cancelamento era condicional: dentro de 72 horas úteis, ela receberia uma ligação da Vivo e, informando um código que lhe foi fornecido, consumaria o cancelamento. Adivinha se ligaram? Claro que não. Ela voltou a ligar e... tchans! Agiram como se fosse a primeira solicitação! Ela perguntou se podia fornecer o código para cancelar de vez a linha. Resposta? Não. Aquele código não serve mais. Deram outro e pediram mais 72 horas úteis. Faz mais de uma semana. Eles ligaram? Acertou quem respondeu claro que não! E, naturalmente, a Vivo só aceita falar com a minha cunhada, que não mora mais aqui. Recusam-se a falar com procuradores, mesmo que sejam advogados. Empresa honestíssima! Sabe onde vai acabar essa história? No Juizado do Consumidor. A Vivo vai cancelar essa linha por ordem do juiz e os aborrecimentos causados a minha cunhada serão pagos em dinheiro.

É por isso que minha cunhada canta um jingle:
Vivo! Vivo me f...!
Vivo! Vivo me irritando!
Vivo! Vivo no prejú!

Empresinha de merda. Eu não passo nem na porta. Você devia fazer o mesmo.

8 comentários:

Anônimo disse...

Yúdice, acredito que o problema seja de “gerenciamento”. Os funcionários não conhecem a empresa em que trabalham. Acredito ainda, que o treinamento é dado só para venda. Quando surgem os imprevistos, o funcionário não sabe resolvê-los. E fica o jogo do empurra-empurra, até chegar em alguém que tenha capacidade de resolução. Meu filho mais novo teve problema com a Vivo. Resolveu: pagou R$ 500,00 pela quebra de fidelidade e adeus. Meu filho mais velho(tenho dois), queria comprar apenas um chip da Oi. Teve que comprar um celular para tirar o chip e colocá-lo no seu aparelho(isso depois que a gerente da loja mandou chamar a atendente de outra loja(shopping Iguatemi), porque só tinha uma atendente na loja da OI e já estava atendendo outro cliente. Nessa mesma loja da Oi(eu estava com o meu filho), eu quis comprar uma bolsa para celular. Não podia porque ainda não estava cadastrada no sistema. O que fazer? Volte outro dia. O cliente(eu), dei a sugestão: deixo o dinheiro(R$21,00) e a caixinha da bolsa. Levo apenas a bolsa. Quando for cadastrado, você registra o valor,OK? Certo. O cliente resolveu o problema. Na mesma loja, utilizei o computador disponível deles e fiz o registro desses absurdos. Na TIM(Conselheiro com Pe. Eutíquio), fui fazer o pagamento do meu celular. Não recebe. Mas a farmácia recebe. Atravessei a rua e fiz o pagamento na farmácia da esquina. Volto para a loja. Quero dar de presente de natal para o meu filho um novo um número pós-pago(ele tinha, por vontade própria, um pré-pago, depois da experiência da Vivo, ele ficou bem “vivo”). Apresentei o recibo do pagamento feito na farmácia. Não pode. Volte na segunda-feira(25/12). O dinheiro ainda não entrou na TIM. Então perguntei: quer dizer que vocês não confiam nem no recebedor de vocês? Pelo amor de Deus. Como é que eu vou voltar no dia natal? A loja vai funcionar nesse dia? “Vou lhe dar um brinde da loja”, disse o atendente. Obrigada. “Desejo-lhe de natal aperfeiçoamento profissional”. E fique sabendo que você reforçou a minha opinião de que vivemos realmente em uma província. E saí da loja. Observe Yúdice, acho que o problema não está na operadora em si. Mas na gestão do conhecimento. No gerenciamento. No treinamento. Os funcionários, acredito, não conhecem nem o planejamento estratégico da empresa. Um administrador ou um RH, são profissionais imprescindíveis nas instituições públicas e privadas. Isso ocorre, e muito, também nos bancos. Para você ter uma idéia, meu filho mais velho comprou(em setembro do ano passado), em Lisboa, em apenas dez minutos, um celular completo, no shopping Vasco da Gama. Era um domingo. Ele tinha direito a um bônus, pago em euros. Como ele estava retornando ao Brasil, deixou o endereço de casa(deduzindo que jamais receberia o bônus em euros de 59,93). Pasme, no início de outubro chega o cheque com esse valor. Pasme mais ainda. O Banco do Brasil só pode receber o cheque para ser depositado em sua conta, se for ele mesmo, depois de assinar sabe lá Deus quantos documentos. Eu tentei fazer o depósito para ele. Pasme mais ainda. O banco só recebe depósito em moeda estrangeira se for acima de duzentos euros. Eu teria que comprar o restante em euros, do próprio banco, para fazer o depósito do cheque. Quer mais “pasmo” ainda. Ele continua com o cheque. Isso é BRASIL !!!!!!!!!
Abraços, Cris Moreno.

Anônimo disse...

Se você me permite, Yúdice, vou dar uma sugestão para a Cris: use o Juizado Especial e arranque dinheiro desse pessoal, a título de dano moral.
Infelizmente, é a única forma de resolver o problema e ainda receber compensação. Ademais, faz bem pra saúde e é uma glória danada tirar dinheiro dessas empresas, que prestam uma porcaria de serviço ao consumidor. Depois que passei a usar esse método, nunca mais sofri por causa de operadoras de telefonia, concessionárias de energia elétrica, bancos ou administradoras de cartão de crédito.

Carlos Barretto  disse...

Isso sem falar na clonagem que rola solta com a tecnologia CDMA. No último Vivo que tive, fui clonado e como "conselho" ouvi de um gélido atendente com aquele sotaque paulista irritante, que deveria evitar ligar meu celular próximo a aeroportos, hotéis e pasme, HOSPITAIS!
Encerrei o plano no dia seguinte e já estou há mais de 2 anos em outra operadora.
Até o momento sem aborrecimentos (e desconfio que seja a mesma que a sua atual).
Até quando? Prefiro nem contar o tempo.

Anônimo disse...

Obrigada pela informação, Francisco. Valeu a dica.
Abraços aos dois, Yúdice e você.
Cris Moreno.

Yúdice Andrade disse...

Cristina, sua história é de tirar o fôlego. Ratifico a sugestão do Francisco de dar com o Juizado na cara deles. Apesar de a eficiência não ser a esperada, o consumidor lesado tem seus ganhos. O dinheiro pode ser pouco, mas com o tempo isso ajudará a mostrar, a esses canalhas, que não podem fazer o que bem entendem. É um lento processo de mudança cultural.
No mais, seja o problema de gerenciamento ou outro, culpo toda a empresa. Os cabeças, por criarem uma política de enganação e vilipêndio ao público-alvo; os funcionários, por agirem como uma massa acrítica que não tenta, sequer, fingir simpatia com o consumidor. Eles ganham comissão por sacanear a gente? Se não, então vale lembrar que educação não é favor, e sim obrigação.
Barretto, deste um exemplo das explicações mirabolantes desse povo. Não sei se usamos a mesma operadora nem é minha intenção fazer jabá. Mas se ela nunca fez nada por mim, pelo menos nunca me encheu o saco. E há um ano troquei de plano, fazendo minha conta despencar, de valores sempre superiores a cem reais para uma média de quarenta. Estou satisfeito.

Val-André Mutran  disse...

Todas meu caro, todas, sem exceção são uma m...
Já perdí compromissos importantes, fiquei cem números de vezes mudo, fui roubado em várias contas e...processei todos os canalhas e eles se deram mal.
Entrei com perdas e danos, lucros cessantes, ofensa aminha moral e o escambáu que tive direito. Perderam!
Recorreram e perderam de novo.
Ganhei desses canalhas minha dignidade de volta.
Isso todos deveriam fazer. Processá-los sem dó.
Abs e um bom carnaval prá tí.

Yúdice Andrade disse...

De pleno acordo, Val-André. O negócio é mandar ver sem pena nessa canalha. Se isso não der certo, nada mais dará.

Frederico Guerreiro disse...

Yúdice, isso acontece com todas. A Telemar é a rainha do desrespeito ao consumidor. Roubalheira institucionalizada, falou?