quarta-feira, 14 de fevereiro de 2007

Campanha de resgate de Belém (parte 6)

Dois comentaristas da parte 5 desta campanha, um deles o Francisco Rocha Júnior e o outro anônimo, alertam que, na penúltima edição da Veja, foi publicado na seção "Holofote" que, no ano de 2005, o Município de Belém firmou um contrato com a empresa canadense Conestoga-Rovers, fornecedora de gás natural. O objeto do contrato é a captação, pela empresa, dos gases emanados pelo aterro sanitário do Aurá (nome bonito pra lixão).
Os canadenses compram o gás a 50 centavos de dólar por tonelada. Enquanto isso, o Município de Porto Alegre tem um contrato de mesmo objeto com a mesmíssima Conestoga-Rovers. Só que, para os gaúchos, os canadenses pagam 8 euros por tonelada. Acabei de utilizar a ferramenta de conversão de moedas da UOL (aqui) e, a preços de hoje, US$ 0,50 correspondem a R$ 1,053, ao passo que €8 equivalem a R$ 22,047. Ou seja, a terra onde o que mais floresce é o amor fatura R$ 20,994 por tonelada, a mais do que nós.
Para variar, como tudo nessa prefeitura é caso de polícia ou congêneres, já se fala que o Ministério Público e o Tribunal de Contas do Pará investigarão os contratos, firmados pelo sedizente prefeito.
Como bem disse o comentarista anônimo, ou os gaúchos sabem negociar melhor, ou o sedizente sabe negociar melhor para si. De fato, pois nada explica uma disparidade dessas. Os empresários canadenses provavelmente quiseram se dar bem em cima dos brasileiros, especialmente dos índios. Seria típico. Todavia, competia aos índios fazer pesquisas de mercado e fechar um acordo que fosse economicamente interessante. Afinal, são eles que querem o nosso gás.
Portanto, de duas, uma: se não houve treta nessa negociação, houve uma brutal incompetência. Em qualquer um dos casos, Belém não merece um gestor desses.

10 comentários:

Citadino Kane disse...

Yúdice,
Temos que fazer alguma coisa vão derrubar aquele palacete onde funcionava o restaurante "Lá em Casa" passando um pouco o colégio Cearense.
Já tem o tapume, deve sair um prédio residencial, e o trânsito continua lindo nos arredores...

Yúdice Andrade disse...

Nelito, meu amigo, uma moda imobiliária que tem crescido aqui em Belém é construir edifícios associados a construções antigas, algumas tombadas pelo Patrimônio Histórico. Essas construções, normalmente casas centenárias, não são demolidas. Pelo contrário, são reformadas e ganham funções úteis ao condomínio ou até à coletividade, como restaurantes.
Nenhum desses condomínios foi entregue ainda, mas tenho conhecimento de pelo menos três: um, na esquina da Serzedêlo com a Mundurucus (só existe o projeto); outro, na Magalhães Barata px. à Alcindo Cacela (lado esquerdo do trânsito, é o mais adiantado) e um na José Malcher, que talvez seja esse imóvel a que te referes. Se for, o palacete não será demolido. Espero que seja assim.

Anônimo disse...

E que não venha o famoso Pimenta dizer que é porque o aterro dos gauchos estava bem feito e tinha drenos para gases, pois o aterro do Aurá foi recuperado pelo Edmilson, que implantou todos os sistemas necessários para ser reconhecido como um efetivo aterro sanitário, inclusive com dreno para gases.
Estão aí , para dizerem que não estou mentindo, o vereador Gervásio Morgado e o deputado Manoel Pioneiro, que foram a Dubai, nos Emirados Árabes, receber da ONU, Organização das Nações Unidas, o maior prêmio de Gestão Urbana do Mundo,na área de saneamento,no ano de 2004, conquistado pelo govêrno do Prefeito Edmilson Rodrigues, e recebido em 2005, no govêrno do Dudú, além de receberem ainda, além do diploma, US$30,000.00, que niguém sabe onde foram parar!

Anônimo disse...

Hey, Dudú, aonde foram parar os 30 mil dolares americanos, do prêmio da ONU?

Anônimo disse...

Yúdice, mais uma informação a respeito do tema: o 5a Emenda noticia a apresentação de pedido de investigação do fato junto à Procuradoria da República, apresentada pelos vereadores Zeca Pirão e Carlos Augusto Barbosa, assessorados pelo Sábato Rossetti. O cerco se fecha; só espero (e vou fazer o que for possível, da minha parte) que se esgoele o "sedizente", como tu chamas, o mais rápido possível - a tempo dele ser alijado definitivamente da vida pública do nosso Estado.
Mas ainda subsiste uma pergunta nisso tudo: o que estará fazendo a nossa valorosa OAB, neste exato momento?

Anônimo disse...

O Dudú deve ter usado os 30 mil dolares para comprar o Muiraquitã do PKEYs. Se não me engano estava avaliado em 30.000, alguma coisa!

Anônimo disse...

Que é que é isso! O Dudú encheu de lixeiras/papeleiras a calçada atrás do Bosque Rodrigues Alves, uma a cada uns 20 metros! Logicamente nehuma recebe lixo, não há produção para tal!
A norma manda botar uma lixeira/papeleira a cada esquina. é assim no mundo todo, dá até para ver naqueles filmes filmados em NY ou Paris.
Das três, uma:
-ou é propaganda intensiva, pois cada lixeira tem mensagens e logomarca do governo Dudú;
-ou é esquema prá ganhar um dinheirinho a mais;
-ou é incompetência mesmo, a ponto de ficar jogando nosso dinheirinho fora!
É duro viver no meio de tanta mediocridade!

Anônimo disse...

Chorei ao ver a Avenida Duque de Caxias, com seu canteiro central destruido.
Há três anos mudei para Santarèm e voltei agora, nesses feriados de carnaval.
Não acreditei no que ví: O canteiro central com todas as árvores derrubadas, o terreno arrasado, sem elevações, sem calçadas, sem bancos, sem sombra, nada! A pracinha onde era rezada a missa da Procissão das Palmas, em frente ao Super Mercado Nazaré, sumiu!
Acabaram com a procissão!?
Que maluco fez isso?
Que malucos deixaram fazer isso?

Anônimo disse...

Não haverá domingo de ramos no Marco, este ano e em todos os outros, daqui para a frente!

Yúdice Andrade disse...

Estou registrando todas as reclamações quem chegam aqui ao blog. Somos pessoas comuns, sem atrelamentos políticos e sem dever favores aos poderes públicos, por isso vemos o que ocorre por aí, lamentamos os erros e aprovamos os acertos, quando eles existem. O problema é esse. No caso de Belém, há tempos que eles não existem.