domingo, 22 de agosto de 2010

Tens Dado?

Ando chateado comigo porque, quando chega o final de semana, teoricamente disponho de mais tempo para escrever no blog, mas acabo me envolvendo com outras tarefas e não escrevo nada. Então, como forma de autopunição, farei esta postagem sobre Dado Dolabella.
Tô me esforçando por parecer bonitão,
poderoso e com conteúdo...
Sim, Carlos Eduardo Bouças Dolabella Filho, de 30 anos, dublê de ator, de compositor e de cantor (ele não podia ser original em ao menos uma coisa?).
Já é sintomático que o rapaz seja mais conhecido como ex-namorado de Luana Piovani (outra conhecida causadora de problemas) e como pitboy do que por seus trabalhos como ator (você se lembra de algum papel interpretado por ele?) e, principalmente, como "músico". Sua carreira deve ter como ápice ter participado de "A fazenda", reality show de sub-celebridades que venceu, o que também é sintomático. No mais, sua imagem mais marcante na TV provavelmente é de sua chegada à prisão, quando teve a preventiva decretada por violar a ordem de restrição em favor de Piovani.
Depois do vendaval, o rapaz decidiu construir uma imagem mais positiva. Aparecia com cara de bonzinho, assumiu dois filhos, casou e procurou mostrar-se como rebelde regenerado. Passou a ser o bom pai. Mas a justiça carioca não se impressionou muito e lhe impôs uma pena de dois anos e nove meses de prisão, por agressões à ex-namorada e à camareira Esmeralda de Souza. Como a "Lei Maria da Penha" não permite substituição de penas por crimes envolvendo violência doméstica e familiar contra a mulher por alternativas pecuniárias, a pena foi imposta sob regime aberto, que não envolve encarceramento. Desde então, Dolabella tem se vitimizado (disse que a possibilidade de prisão é "assustadora" e que seu maior castigo foi namorar Piovani).
Dolabella não deveria ir para a cadeia. A começar porque as agressões pelas quais foi condenado foram de pequena monta. Há quem diga que ele sequer teve a intenção de agredir Piovani: que ela também estava alterada e, no conflito, caiu, sem maior importância. A agressão contra a camareira também teria sido mais um acidente. Vi o vídeo na época (foi divulgado pela Internet) e não me convenci da violência, mas como desconheço as provas produzidas na ação penal não posso firmar posição. Outra razão para se evitar o cárcere é a quantidade de pena imposta, assim como a primariedade do rapaz e a finalidade de prevenir danos familiares, já que ele tem dois filhos que são apenas bebês.
E eis que agora, a esposa do rapaz, Viviane Sarahyba, ingressa em juízo contra ele alegando ter sido agredida em mais de uma ocasião. É pouco provável que uma mulher se exponha à leviandade da mídia e à curiosidade mórbida da opinião pública, arruinando um casamento que nem sequer completou um ano e afetando o próprio filho, de um ano e meio. Qualquer um dirá que nessa fumaça há fogo. E, com isso, Dolabella se consolidará no imaginário coletivo (e portanto no dos juízes, que são apenas seres humanos, embora muitos detestem pensar assim) como de um abusador de mulheres, um agressor contumaz e desmotivado, já que parece dispor de todos os recursos para uma vida feliz.
Nesta nova conjuntura, Dolabella pode sofrer reveses na execução de sua pena já aplicada. Mas o pior mesmo é se ele vier a ser condenado novamente. Nesse caso, o antecedente criminal e o somatório das penas poderão despachá-lo para o regime semiaberto (ou coisa pior, a depender dos humores do juiz). E aí ele terá motivos bem concretos para se considerar apavorado.
Como pai, não posso concluir esta postagem sem lembrar que as crianças acabarão pagando a fatura pelos adultos que não aprendem a viver.

Acréscimo em 23.8.2010:

2 comentários:

Frederico Guerreiro disse...

Sem muitos comentários. O Babaquela é um sujeitinho mimado que só bate em mulher. Adoraria colocar ele num ringue - comigo, é claro... queria ver se ele é machão mesmo.

Yúdice Andrade disse...

Eita nós! Avisa onde vai ser essa luta, que vou quebrar o protocolo e assistir!