Considero absolutamente fora de contexto e de propósito que um empresário, prestador de serviço ou congênere, a esta altura do campeonato, não possua uma página na Internet. Se a propaganda é a alma do negócio e hoje, com a concorrência, temos uma necessidade maior de vender os nossos méritos, por que razão alguém fica de fora desse filão?
Há alguns anos, até se poderia argumentar que modestos comerciantes não teriam condições financeiras de suportar a construção e manutenção de uma página. Hoje, entretanto, quando qualquer um pode usufruir um de Blogger da vida, ou provedores semelhantes, criando ao menos um blog, totalmente gratuito e usando ferramentas (para montagem da página) que até mesmo uma criança seria capaz de manusear, qual é a desculpa?
Pensando em empreendimentos de maior porte, a omissão beira o descaso. E isso passa uma péssima impressão ao eventual consumidor, porque se o sujeito não zela nem pelos próprios interesses, por que eu acharia que ele seria mais eficiente com os meus?
Estive pensando nisso nos últimos dias, quando a necessidade de escolher uma escola para Júlia fez com que eu e Polyana constatássemos que as escolas de Belém, por alguma razão, parecem avessas à Internet. Dos estabelecimentos que pré-selecionamos para visitar, apenas dois — veja bem: eu disse apenas dois — mantém sites. Alguns, que gozam de enorme prestígio, por sinal, permanecem fora do ar. E não consigo encarar nisso uma simples decisão do tipo "não preciso de um site". Tem que haver algo mais.
Observei, mais, que os dois sites institucionais que visitamos são muito bons. Visualmente, têm ambos o seu acanhamento e poderiam ser bem melhores, mas são ótimos quanto ao conteúdo. Apesar dos textos previsivelmente entusiasmados (claro, destinam-se a vender um serviço), apresentam bem as duas instituições e aquilo que interessa aos futuros pais de alunos: proposta pedagógica, serviços, infraestrutura, etc. Um deles informa preços (preocupação óbvia nossa) e também os nomes da equipe, inclusive dos inspetores. Isso é muito positivo para pessoas na minha situação. Sem jamais ter posto os pés na escola, já sei os nomes completos das pessoas que se tornariam responsáveis por minha filha, da diretora ao porteiro.
Isso é respeito pelas famílias, pela criança e pela delicada missão escolhida. É profissionalismo.
Então me pergunto se as demais escolas, a grande maioria que se mantém fora do ar, assim procedem porque não querem ter o trabalho de elaborar textos explicando o que fazem, quais são suas propostas, seu projeto pedagógico, etc. E se com tantos anos de atividade não dispõem desses documentos, há algo de muito errado, não há?
Em suma, essas duas escolas, antes de qualquer visita, já ganharam um ponto cada.
2 comentários:
O que dizer então de uma empresa do porte da Y.YAMADA, até hoje sem site nenhum???
Eu diria que é, no mínimo, um vexame. Sem dúvida alguma, ela teria muito a mostrar.
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