Minha curiosidade sobre a quantas anda a fiscalização do uso de cadeirinhas infantis nos automóveis não está sendo satisfeita. Aparentemente, só os noticiários de São Paulo têm-se dedicado ao tema. E é de lá que vem o fato pitoresco.
A imagem ao lado registra o momento em que um policial militar encaminha uma senhora e seu bebê, de apenas quatro dias, para um táxi. Momentos antes, os dois estavam no carro do pai do bebê, desguarnecido do equipamento de segurança. Por esse motivo, o policial, fazendo as vezes de agente de trânsito em uma blitz, impediu o prosseguimento da viagem. O pitoresco da história é que, como sabemos, táxis são dispensados do uso de cadeirinha. Ou seja: por questões de segurança do pequeno, ele foi proibido de andar num veículo sem proteção e obrigado a... transferir-se para um veículo sem proteção!
O episódio se deu na terça-feira, dia da Independência do Brasil.
Pelo menos o policial tem consciência de que causou problemas à família. Ele se disse de "coração cortado", mas entende que apenas cumpriu o seu dever. O pai da criança foi autuado (multa e pontos na carteira) e teve seu veículo retido. Quanto atropelo! Tudo em nome do cumprimento cego de uma norma, porque da segurança é que não foi.
Quem acompanha o blog sabe que sou a favor da obrigatoriedade dos equipamentos de retenção. Sabe, também, que minha filha sempre os utilizou. Mas as críticas a essa exigência sempre desvelaram que havia pontos obscuros a resolver. A liberação quanto a táxis, ônibus e vans foi muito criticada. E aí está o resultado: uma punição sem qualquer consequência útil, no que tange ao objetivo precípuo da lei. Chega a ser ridículo.
As autoridades de trânsito já modificaram as exigências em relação a carros antigos. Como se vê, há mais coisas para rever.
2 comentários:
PQP 3 vezes.
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Pois é. Sem mais.
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