Bancos estatais são concebidos para funcionar como recursos para o desenvolvimento econômico das regiões em que se baseiam. É o que consta. Para garantir sua, digamos, capacidade de atrair clientes, é comum que os servidores públicos da dita região sejam obrigados a manter suas contas no tal banco. Isso explica porque, em dois momentos distintos, tive conta no Banpará. Atualmente, inclusive.
É triste que eu não me sinta voluntariamente desejoso de contribuir com esse instrumento de desenvolvimento do Pará. Eu deveria ser um correntista orgulhoso, mas o fato é que sou um correntista apurrinhado, que pulará do barco na primeira oportunidade.
Reconheço que o Banpará mudou bastante, apresentando melhorias sensíveis, nos últimos anos. O meu cartão não precisa ser trocado a cada duas semanas, por defeito de fabricação, como aconteceu há algum tempo. Já conseguimos encontrar caixas eletrônicos em maior número de locais. Não precisamos mais rodar a cidade inteira, num dia sem expediente bancário, a fim de encontrar uma, ao menos uma, máquina que reunisse três singelas características: a) estar funcionando; b) ter dinheiro; c) ter comunicação com a central.
Ontem, porém, o Banpará voltou aos velhos tempos. Difícil descrever o meu tormento para conseguir realizar um saque. Caixas eletrônicos não tinham comunicação mas, para piorar, uma agência (a de Nazaré), também não adiantou de nada. Cinco caixas, dentro da agência, e não havia dinheiro nem comunicação!
Já à noite, na Estação das Docas, numa tentativa final pouco esperançosa, finalmente consegui. Deus me livre.
Com diz um amigo, Banpará não é banco: é tamborete.
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