Não, não se trata de mim. Quero apenas colocar um
link para uma interessante matéria sobre uma pesquisa, desenvolvida pela psicóloga americana Julie Exline, sobre
pessoas que sentem raiva de Deus, fato mais usualmente observado em indivíduos que sofreram perdas pessoais ou vivenciaram desastres naturais. Mas como o objeto da raiva não é um qualquer, o raivoso costuma sentir vergonha da própria emoção.
Complicado isso, não?
Não faça prejulgamentos e leia a matéria, por sinal bastante judiciosa e que gera uma avaliação simpática ao trabalho de Exline.
|
Drácula de Copolla, não de Bram Stoker. |
Lendo a matéria, lembrei-me de Drácula. O ultracélebre romance de Bram Stoker relata que o conde era um homem temente a Deus, que empenhou recursos pessoais nas cruzadas, lutando portanto em nome de Deus (segundo se afirmava). Mas ao retornar para casa, sua esposa fora assassinada. Nesse instante, o conde se revolta não com a Igreja, mas com o próprio Deus, por quem tanto lutara, e faz um pacto com o Diabo, tornando-se vampiro. Esta narrativa é vista na versão cinematográfica de 1992, dirigida por Francis Ford Copolla, que se vendeu como
a mais fidedigna versão do romance, uma mentira deslavada. O filme de Copolla pode ter seus méritos (sua plástica, sobretudo), mas ele conspurca o romance, motivo pelo qual o detesto. Não dá para aturar um Van Helsing amolecado e uma Mina Harker retratada quase como uma quenga.
Mas, enfim, a intenção era apenas citar um exemplo do fenômeno estudado atualmente por Exline.
E aí, você já sentiu raiva de Deus alguma vez?
2 comentários:
Eu, que um dia já fui cristã, virei ateia sem nunca ter tido raiva de Deus.
Não perdi ninguém e nem sofri nada de anormal, simplesmente fui perdendo a minha fé, a minha crença.
E a cada dia me convenço mais do meu ateísmo.
Já eu, que continuo cristão por convicção, já tive minhas crises com Deus. Já me queixei muito. Mas dizem que ele é paciente com os nossos pitis.
Postar um comentário