quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

À deriva

Vocês sabem que, de vez em quando, impressiono-me com o estilo adotado por colegas advogados em suas peças processuais. Algumas, pitorescas, são compartilhadas. Então aqui vai uma, extraída de um habeas corpus liberatório, fundado no tempo excessivo que já perdura a prisão:

O impetrante está a deriva, seu processo, como um verdadeiro transatlântico abalroado sem rumo e sem direção, um verdadeiro Titanic da história. O tempo, elástico dos deslizes, faz com que o processo ganhe a direção dos ycebergs a deriva. (sic)

Gostaram desta?

4 comentários:

Anônimo disse...

Este HC foi escrito mais por precisão que por boniteza, como disse certa vez Guimarães Rosa. Por oportuno, quem fabricou um "yceberg" sem âncora, pra ficar à deriva? Será que está certo o nome da Icebode? Não seria Ycebode?

Kenneth Fleming

Frederico Guerreiro disse...

...e o impetrante bateu num iceberg e afundou como um Titanic sob o comando de seu causídico.

Yúdice Andrade disse...

Ycebode, Ycekiss e por aí vai, Kenneth.

Mas no final, Fred, a culpa será do yceberg...

Anônimo disse...

Eu escreveria o mesmo texto com apenas quatro palavras: "O nego tá f…!"

Alexandre