segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Nano-inimigo

O mês de dezembro ainda estava no começo quando ele entrou em nossas vidas. Veio como quem não quer nada e se depositou em Júlia. Remédios, aerossol, soro fisiológico, Atrovent, Berotec & cia. Júlia melhorou, mas Polyana sucumbiu.

Foram dias e dias (ou mais exatamente noites e noites) das piores crises de tosse que já presenciei. Dignas de um tuberculoso.

A essa altura, eu já fora atingido, também, mas de forma branda. Ia levando. Procuramos orientação médica e soubemos que o talzinho era um "circulante". Passaria de um para outro até ser eliminado. Só não nos disseram que ele não seria eliminado tão facilmente.

Polyana melhorou e ficamos naquela chatice até a última semana, quando voltei a piorar. A tosse foi-se intensificando e a coriza, à noite, incomodava. Honestamente, não me recordo mais como é a vida sem tossir. Algo assim me parece um sonho distante. Estive despreocupado, porque era óbvio que eu ficaria bom antes de as aulas recomeçaram. Mas o semestre letivo se avizinha e eu, em vez da cura, enfrento a recidiva. Os últimos três dias foram particularmente ruins.

Preocupei-me em não circular o desgraçado de volta para Júlia. Não a tenho feito dormir, p. ex. Mas eis que um obstáculo surgiu em nosso caminho no último sábado. Um obstáculo que, sabemos, deveria ser evitado, mas não tivemos como impedir que a pequena se atirasse com vontade nele. Um obstáculo que atende pelo nome de piscina de bolinhas.


Uma piscina de bolinhas é um espaço cheio de... bolinhas e imundícies! Mandar as crianças tirarem os sapatos não adianta nada. Se pudéssemos ver a população que habita aquelas bolas, jamais deixaríamos nossas crianças entrar ali. Mas é justamente um dos brinquedos preferidos delas. Resultado? Tosse e coriza crescentes já durante a tarde do sábado. O domingo ela passou bem, mas amanheceu esta segunda-feira com 38,4º C de febre.

Sexto dia de escola e ela já faltou.
Não sei mais o que fazer para me livrar do vírus que se abateu sobre minha família. Mas estamos de acordo quanto a proscrever piscinas de bolinhas. Não temos mania de limpeza, mas como tudo indica que nossa menina, ainda por cima, é alérgica a poeira, essas bolinhas infernais estão fora de questão.

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