Várias pessoas já me haviam falado a respeito e hoje, finalmente, resolvi conferir o maior programa no estilo família-com-crianças que já fiz. Botei as meninas no carro e fomos ao Horto Municipal.
O Horto, hoje reformado e em bom estado de conservação, é um espacinho, um verdadeiro recanto, encravado na tal selva de pedra em que transformaram a cidade. Fica a duas quadras da Praça Batista Campos, na confluência da Rua dos Mundurucus com a Dr. Moraes. Apenas uma nesga de terreno triangular, onde as árvores ainda sobrevivem, fornecendo sombra e um pouco de conforto para as pessoas que ali acorrem, em busca de sossego para passear, estudar, praticar tai chi chuan e, principalmente, brincar com as crianças.
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Logo na entrada há um espelho d'água cheio de peixes — acredito que carpas. Ao centro, um quiosque onde é possível fazer um lanche bem decente. O pequeno prédio antigo ali existente foi transformado em uma sala de jogos para os petizes. E em cima da areia, onde a molecada pode se sentar e se sujar bastante, um parquinho com brinquedos de madeira. Tudo muito agradável.
De repente, eu me vi ali, em meio a uma profusão de pais e mães, carrinhos e sacolas, mamadeiras, pipos e disputas em torno de quem seria dono do brinquedo (parece que as crianças têm uma tendência natural a preferir os brinquedos alheios, desinteressando-se dos próprios, mesmo que sejam idênticos; fiz uma anotação mental sobre isso, para posterior utilização). E eu também estava com o meu próprio carrinho, sacola, esposa e criança. Uma delícia!
Ficamos menos de duas horas no local, uma manhã bastante agradável. No Horto, não é preciso marcar encontro. Pessoas amigas aparecerão. Encontramos uma amiga com o filho e mais dois casais, com as respectivas crianças. Na foto, Patrícia e seu Lucas, fotografados conosco pelo marido e pai deles. Além disso, os orgulhosos papais e mamães puxam assunto e logo estamos compartilhando nossas experiências. E eu adoro pensar que, neste mundo, ainda é possível ser espontâneo, ser gentil, ser receptivo a estranhos.
Para mim, o Horto não é apenas o destino de bons passeios, a serem feitos com frequência. Ele é uma ilha de esperança, numa cidade que precisa ser resgatada.
2 comentários:
Olha, eu acho que é a primeira vez que apareço no blog!!! :)
Não é não! Estás desatualizada. O que meus leitores dirão?
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