Coluna Repórter 70, hoje
Casas noturnas "permissivas" com drogas, poluição sonora e outras bandalhas? Imagina! Isso não existe em Belém.
Faz muito bem o Ministério Público — exceto pelo injustificável atraso de vários anos — em se lembrar que um dos pontos mais críticos da cidade, em termos de sufoco, precisa de uma atuação contundente dos poderes públicos. E não apenas a Av. Visconde de Souza Franco, mas o seu entorno, especialissimamente a Almirante Wandenkolk, hoje quase intrafegável em vários pontos, à noite, desde cedo.
Infelizmente, a leniência do poder público faz com que ninguém bote fé em medidas moralizadoras. Não acreditamos que elas aconteçam e, se acontecerem, duvidamos de sua persistência. Mas vamos parabenizar e apoiar o MP, para que não seja por falta de estímulo que a coisa deixe de acontecer.
Mãos à obra, senhor promotor. Temos sossego público para preservar, calçadas para liberar de mesas e cadeiras, trânsito para fazer fluir, exploração de menores para coibir, etc., tudo isso com a franca oposição do belenense típico que, afinal — como é mesmo? —, precisa se divertir.
5 comentários:
E têm as "beiras de rio" também, da Cidade velha à Vila da barca que, sabem todos, quem frequenta ou não, são pontos de uso de drogas da "galera descolada".
Fernando Bernardo
kra tu eh muito xato eu vô pra doca porque eu gosto de si divertir eu bebo mermo enxo a cara e fico feliz da vida ningém tem nada a ver com isso eu gosto de viver fortes emoçoes melhor do que ficar em ksa vendo televisao. tu preciza te diverti + relaxa senao num incaxa
Não é só na repressão que a coisa vai ser resolvida. A verdade é que o belenense médio é fútil e cada vez mais pobre de cultura, como, aliás, a maioria dos cidadãos das grandes metrópoles. Mas acho que é só aqui que vemos gente naquelas picapes imensas, bombardeando os outros com esse horror de brega com voz de mulher distorcida, como numa manifestação inconsciente a dizer "sim, sou horrível". É o resultado de séculos de rebaixamento perante o resto do Brasil. Não um rebaixamento voluntário, mas proveniente de nossa condição de colônia. Há anos que se assiste à demolição do nosso sistema de ensino e à redução das possibilidades de emprego digno para o paraense.
Se o mauricinho de classe média é tão ignorante e vazio quanto um garoto de periferia, este segundo ainda perde porque fica mais vulnerável à violência. De qualquer maneira, queria saber se há um jeito de penalizar esses donos de aparelhagem não apenas pelo barulho dos infernos que eles produzem, mas pelo incentivo à imbecilização do povo que freqüenta essas "festas".
Artur Dias
Não deixa de ser verdade, professor, que o Paraense, o Nortista e o Nordestino em geral considera diversão qualquer tipo de furdunço, cagada, muvuca ou qualquer expressão que seja. E acho também que a ação do MP deveria ser mais focada em promover a organização e regularização de bares e casas noturnas da Doca e entornos, e não fazer aquela velha "capa" de prisões, fechamentos e agressões com direito a fotos no jornal e reconhecimento na mídia sensacionalista e parcial.
Abraços
E a "galera descolada", Fernando, costuma ter dinheiro para, digamos, convencer policiais a fingir que não viram nada. Isto é outro fator complicador.
Sim, anônimo ridículo, eu sou muito chato, com "ch". Mas não pelos motivos que supões. O fato é que não adianta tentar te explicar nada. Tua ausência de bom senso impede. Espero que continues a te divertir exatamente como dizes, para que os teus dias sejam abreviados sobre a Terra. Não perderemos nada.
Artur, tua abordagem é muito interessante, especialmente na crítica que fazes ao gosto das pessoas pela mediocridade, como é o caso do demente ali de cima. Numa conjuntura dessas, não há repressão que chegue, porque ela estaria na contramão dos interesses de uma maioria perdida de objetivos. O prognóstico não é nada bom.
Corretíssimo, Leo: o negócio é forçar as pessoas a se adequar às normas de uso do espaço urbano, e não violentá-las por qualquer meio. O problema é o gosto do brasileiro pela ilegalidade. Ao definir ações concretas, o poder público deve levar em conta também essa variável.
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