segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Presença maciça

A frequência escolar é a mais elementar obrigação do aluno. Uma vez que o curso é presencial, o aluno tem que estar em sala de aula e ponto final. Caso se ausente de modo recorrente, é justo que reprove na disciplina, mesmo que, eventualmente, suas notas permitissem uma aprovação — em que pese isso indicar um problema nos métodos avaliativos do professor.
Seguindo a ordem institucional, eu verifico a frequência de meus alunos religiosamente. Registro tudo e depois, quem quiser, que vá se entender com a coordenação. Já tive muitos e sérios problemas com isso, mas há alguns anos um nível de maior seriedade do aluno (suponho que seja isso) e um reforço da ordem institucional têm permitido maior tranquilidade.
Por outro lado, também fui aluno e sei: uma aula maçante ninguém merece. Se o professor não se faz atrativo, não pode queixar-se de não ser exatamente bem vindo. Daí que me esforço para que minhas aulas tenham não apenas um conteúdo à altura das necessidades acadêmicas, mas sejam também agradáveis, notadamente no plano relacional. Que permitam aos alunos viver um pouco de educação lúdica, se posso dizer isso. Nada que chegue ao estilo Pachecão, claro, porque aí já seria ir longe demais. Não tenho talento nem disposição para tentar uma carreira performática na universidade, nem tenho por objetivo fazer o aluno decorar macetes, e sim para refletir sobre uma ciência, mais do que para assimilar regras.
Neste semestre letivo, tenho três turmas novas da mesma disciplina, Direito Penal I — o começo de nossa trajetória de dois anos. Começar é sempre complicado. Temos que buscar caminhos para acertar a mão. Até aqui (antes das provas), estar nessas turmas tem sido gratificante. Falo sobre isso numa outra oportunidade, porque o assunto agora é frequência.
Eu estava agora mesmo fazendo uns lançamentos e observei que, salvo um ou outro cometa, a assiduidade dos discentes neste período tem sido ótima, particularmente na minha turma da tarde, a DI2TA. Tanto que merece até registro. Corre uma mística de que as turmas da noite geralmente são melhores e, em parte, isso se atribui a um maior número de alunos mais velhos e já sem tempo a perder com futilidades. Pode ser, na maioria dos casos. Mas esta turma vespertina a que me referi tem-se destacado não apenas pela assiduidade, mas pela participação nas aulas, pela curiosidade útil, pela boa contribuição ao desenvolvimento do raciocínio. Só são muito barulhentos, sobretudo às quintas-feiras. O motivo, não me perguntem.
Se algum aluno da DI2TA passar por aqui, saiba que a turma ganhou um elogio (e uma chamadinha, claro). O importante é estimular o que é bom e ver essa garotada crescer no curso, como é o desejo de nossa equipe.

4 comentários:

Anônimo disse...

Caro professor: me desculpe, mas a sua aula é uma chatice. Dá até sono. Prefiro ler coisas melhores do que ficar ouvindo mesmices. Acho o senhor muito vaidoso e de nenhum conteúdo aproveitável.

Yúdice Andrade disse...

Eu também acho, anônimo. Deve ser por isso que eu venho aqui me ler. E ainda deixo um comentário.
Desnecessário dizer que eu já armei a rede para dormir em pé nela esta noite.

Anônimo disse...

Professor, meu nome é Lorena e é a primeira vez que venho em seu blog, pois tenho prova de sua matéria hoje e estava procurando coisas interessantes no aluno online do Cesupa para ler..e aí vi o link do seu blog!
Na verdade, ainda não li muita coisa, mas adorei a iniciativa! Aproveito para lhe parabenizar..
pois é sempre muitoooooo bom estar mais próximo do mundo dos alunos não é mesmo?
Quanto ao post, confesso que faltei duas aulas suas, mas por motivos alheios à minha vontade: chuvas torrenciais durante duas sextas-feira seguidas!
=)
Eu ai leh desejar Boa sorte no Blog, mas percebi que não precisa, pois ja tem experiência no ramo. Então, continue por aqui professor!
Abraços para você e sua tão citada e amada Júlia!

Leo Nóvoa disse...

Hahaha. Tão desinteressante que o anônimo se propõe a vir aqui. Este anônimo diz isso pois não teve o privilégio de assistir aulas de outros professores de Penal para ter uma noção comparativa.
Quanto a turma, o mesmo não se podia dizer da nossa, nem da assiduidade, nem do barulho, no início, pelo menos.
Me consola dizer que eu não atrapalhava sua aula professor. Quando não conseguia me concentrar, acabava "capotando", mas sinto falta delas.
Abraços Yúdice.