"Política estadual de valorização do patrimônio cultural": assim está sendo chamado o programa do governo do Estado que promete fazer um investimento milionário na restauração de prédios históricos, até 2011, nos Municípios de Belém, Óbidos, Santarém, Vigia, Santa Isabel, Bragança, Cametá e Ponta de Pedras — objeto de postagem anterior. Os mais de 80 milhões de reais prometidos virão em sua maior parte do próprio orçamento estadual (60%) ficando o restante a cargo do governo federal, o que sugere um engajamento real do atual governo estadual em relação a essa causa. Se não for apenas uma jogada de marketing político, como sugere o amigo Fred Guerreiro.
Se for, é bom Ana Júlia se cuidar, porque fez um anúncio oficial ontem, no Palacete Faciola (um dos que serão restaurados, ao custo de 8 milhões de reais, com previsão de entrega da obra para 2009), na presença de pessoas que podem cobrá-la e muito por uma promessa não cumprida. Não me refiro, é lógico, ao eleitor comum, mas a uma parcela da sociedade que pode dar um trabalho danado. Na legenda da foto de Tarso Sarraf (repórter fotográfico do Diário do Pará), está dito que a "governadora anunciou investimentos no Palacete Faciola, na presença de empresários e autoridades".
O texto, com ares de colunismo social, não faz jus à imagem. Note que, à esquerda, quem aparece de perfil é José Augusto Torres Portiguar, Procurador da República. Ao seu lado, mais ao fundo, Benedito Wilson Sá, Promotor de Justiça de Defesa do Meio Ambiente e do Patrimônio Público — ou seja, Ministérios Públicos Federal e Estadual, instituições que têm sido enfáticas na cobrança de medidas preservacionistas do nosso patrimônio histórico e cultural. Por conhecê-los, sei que não estavam ali para comer salgadinhos, e sim para saber em que medida o programa governamental atende aos reais interesses de conservação desse patrimônio. Se a coisa desandar, não tenha dúvidas de que eles serão duros na cobrança, judicial inclusive.
O texto, com ares de colunismo social, não faz jus à imagem. Note que, à esquerda, quem aparece de perfil é José Augusto Torres Portiguar, Procurador da República. Ao seu lado, mais ao fundo, Benedito Wilson Sá, Promotor de Justiça de Defesa do Meio Ambiente e do Patrimônio Público — ou seja, Ministérios Públicos Federal e Estadual, instituições que têm sido enfáticas na cobrança de medidas preservacionistas do nosso patrimônio histórico e cultural. Por conhecê-los, sei que não estavam ali para comer salgadinhos, e sim para saber em que medida o programa governamental atende aos reais interesses de conservação desse patrimônio. Se a coisa desandar, não tenha dúvidas de que eles serão duros na cobrança, judicial inclusive.
Apaixonado que sou pela herança cultural de nossos antepassados, desejo que, com ou sem marketing, o programa dê totalmente certo. Será mais uma razão para fazer as malas e conhecer (ou revisitar) cada uma das cidades beneficiadas.
Acréscimo em 25.11.2011: Mas, como já acrescentado à postagem anterior, o programa foi só marketing político, mesmo. Não aconteceu absolutamente nada.
Acréscimo em 25.11.2011: Mas, como já acrescentado à postagem anterior, o programa foi só marketing político, mesmo. Não aconteceu absolutamente nada.
2 comentários:
Ainda acho que esses investimentos poderiam ser advindos, em maior quantidade, do governo federal, devido a natureza do objeto. Afinal de contas, é um patrimônio cultural brasileiro e não somente paraense. Mas tudo bem... pelo menos está sendo feito, ou melhor, será (será?).
Já eu penso que é bom o Estado precisar menos da União, para não sermos tão capachos, como temos sido desde que o Brasil é Brasil.
Seja como for, o mais importante é que o projeto dê certo.
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