domingo, 5 de abril de 2009

Tacacá


E já que a temática é paraense, que tal um tacacazinho?
Esse aí é do Renato, ali na Duque, entre Mauriti e Mariz e Barros, junto ao muro do SENAC. Na calçada, claro, como convém aos belenenses. Sempre cheio.
O tucupi alma do tacacá, que o faz ser bom ou não é uma delícia, no ponto certo de acidez e de sal.
A goma vem na dosagem correta, contrabalanceando o sabor forte do tucupi, sem se tornar enjoativa.
O jambú, do bom, com alto poder de tremelicagem dos lábios.
Para arrematar, cinco camarões dos graúdos, como se pode ver. Dessalgados o suficiente para não perder a graça, sem contudo comprometer o resultado.
Tudo isso por um preço bastante justo.
A foto, tirada no último dia 21 de março, não ajuda muito por ter sido tirada com o celular e pode não fazer jus à iguaria, mas asseguro que estava uma delícia.
Agora falta você recomendar a sua venda de tacacá, dizendo porque ele é bom.

Um comentário:

Belenâmbulo disse...

Prezado Yúdice,

Eu gostaria de ter escrito essa postagem. Entretanto, como não-paraense, reconheço minhas limitações. Provar o tacacá foi uma de minhas primeiras experiências antropológicas-gastronômicas ao chegar por estas plagas. À exceção do efeito do jambu - que achei o máximo -, não gostei nem desgostei do conjunto da obra (confesso que tive um pouco de nojo do aspecto da goma). Um dia eu me acostumo...
Por enquanto, o que mais me fascina são as aglomerações que se formam nas calçadas, em torno dos bons tacacazeiros. Ainda penso em registrar essa cena tão típica. Como o faço por puro prazer, fico aguardando a inspiração.

Essa aqui vai pro Belenâmbulo em breve, ok?

Abraço