terça-feira, 7 de abril de 2009

O assalto

A notícia, no Blog do Alencar, acerca da condenação do latrocida que vitimou o nosso amigo Eduardo Lauande, traz aquele reconforto mínimo, que pode ser obtido quando o sistema de justiça criminal faz, ainda que tardiamente, aquilo que se espera dele, estando comprovada a culpa do réu.
Resta, agora, deixar a vida seguir seu curso.
A informação me fez relembrar o assalto de que eu mesmo, com familiares e amigos, fui vítima. Dos prováveis sete criminosos, apenas dois foram presos (em flagrante) e processados. Alegaram desconhecer os outros, não podendo fornecer elementos capazes de identificá-los. Pobrezinhos.
Um deles, o Jorge, foi condenado a dez anos de reclusão e 360 dias-multa, no valor mínimo. O outro, Vítor, que vem a ser o sujeito que me abordou e me ameaçou, recebeu oito anos e dois meses de reclusão, além de 136 dias-multa, também no importe mínimo. Mas também recebeu um tiro na perna, que lhe rendeu a prisão em flagrante.
Pelo que observei consultando pela internet, essa não foi a primeira condenação de Jorge que, parece, andou envolvido numa fuga ou tentativa de fuga, pelo que sua situação andou meio complicada. Já Vítor parece ser do bem, de bom comportamento, tanto que no último dia 19 de fevereiro foi beneficiado com a progressão para o regime semiaberto.
Abdicando de quaisquer desvarios de vingança, como o bom senso recomenda, as leis do país boas ou más, neste momento não importa: são as leis vigentes foram e continuam sendo aplicadas aos dois criminosos e é isso que conta. O que aconteceu não pode ser mudado. Página virada. Só espero não precisar voltar a vê-los.
O que lastimo, profundamente, e me deixa inconformado, é a impunidade dos demais. Porque todo malfeitor não apenas os criminosos merece punição. E nesses casos, a impunidade leva a novos delitos, sendo que as carreiras criminosas seguem assim: primeiro matando para morrer no fim.

Um comentário:

Belenâmbulo disse...

Poética essa última frase.

Abraço