domingo, 19 de abril de 2009

Período eleitoral na OAB

Uma notinha breve na postagem "A propósito", aí embaixo, rendeu o seguinte comentário de um anônimo:

Livrai os advogados e a sociedade do jugo e das intenções do candidato oficial dANAdo.
A OAB vai ruir, não vai sobrar pedra sobre pedra.
Afinal, não é todo mundo que dispõe de um JARBAS para ser conduzindo pelos caminhos da vida.
A maioria caminha em rumo próprio.

Lamentando estar afastado das lides advocatícias, até segunda ordem, não posso deixar de me interessar pelos rumos da categoria que não deixou de ser aquela a que pertenço. Além do mais, adoro uma política. Então vamos lá:

1. Conheço Jarbas Vasconcelos e o tenho em boa conta, como pessoa e como profissional. Já faz muita diferença sabermos de onde vem o seu patrimônio. Sabemos que ele ganhou honorários fabulosos nas reclamações trabalhistas sobre planos econômicos, que enriqueceram muitos advogados. Posso, assim, dizer que ele cresceu graças ao próprio trabalho, ao passo que muita gente por aí enriqueceu ninguém sabe como, em todas as áreas profissionais. Logo, Jarbas merece o meu respeito.

2. O envolvimento político dele é inerente à liberdade individual de que todos gozamos. Não pode ser criticado por isso. Aliás, pessoas merecem críticas quando não possuem referencial político algum.

3. Pelo visto, o seu problema é ele ser ligado ao PT. Pois bem, há muito tempo se grita contra a tal partidarização da OAB. Já escrevi sobre isto antes. O problema é que uns tantos protestam contra a partidarização da OAB à esquerda. Mas quando ela é dócil e amiguinha do outro lado, aí está tudo bem, certo? A OAB já está partidarizada há anos e isso, que me conste, não trouxe benefícios aos advogados paraenses. Não sei se trouxe para a OAB, mas para os advogados, não vi nenhum. Quem sabe já não seja hora de mudar o foco da partidarização?

4. Pessoalmente, sou contra a partidarização das corporações de classe e principalmente das instituições de ensino, outro campo em que esse debate é histérico. Mas, a esta altura, pergunto-me se é possível impedir que o fenômeno ocorra. Afinal, onde há influência social e um bom orçamento, ali se metem os políticos. Uma desgraça, sem dúvida, mas talvez uma desgraça intransponível.

5. A Ana Júlia não vai presidir a OAB, não, anônimo. Ela já tem enormes dificuldades para gerir o Estado e, cada mês que passar, estará mais ocupada com procedimentos para a re-eleição. Se Jarbas for eleito, nada vai ruir, a despeito de sua praga. Eu pago para ver.

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