sábado, 11 de abril de 2009

Impressões no segundo dia

Ou eu li errado ou errou o serviço de meteorologia. Se havia previsão de sol aqui na capital do Maranhão ontem, o que se viu foi chuva, chuva e mais chuva. Fortíssima e por várias horas. Nos intervalos, um céu plúmbeo-escuro assustador. Mas hoje o dia amanheceu com um sol muito simpático. Não demorou muito e as nuvens começaram a marcar presença. Mas o sol insistiu e, mesmo fraco, permaneceu. Estamos desde então numa alternância entre solzinho e chuvinha.
Foi o suficiente, contudo, para apresentar a praia a Júlia e o resultado merece uma postagem própria, adiante, quando as fotos tiverem sido transferidas para o PC.
Fazia dois anos que eu não vinha a São Luís. Minha impressão, compartilhada por meu amigo e anfitrião, Marcelo, é de que esta cidade é bastante parecida com Belém, o que infelizmente não enseja elogios. Temos em comum as chuvas monumentais, que provocam inúmeros pontos de alagamento, inclusive nas avenidas mais importantes. Temos buracos a rodo, inclusive nessas vias principais (e São Luís está bem mais esburacada que Belém). Temos invasões urbanas nelas, também. Toscos barracos de barro, armados com galhos de árvores (em Belém seriam de tábuas apodrecidas) são erguidos e o conjunto ganha um nome pomposo: "Residencial Africanos". Nenhum indício de que o poder público tomará providências.
Temos até dois jornais pertencentes a clãs políticos inimigos se revezando em acusações e reportagens suspeitíssimas. A qualidade gráfica dos nossos é muito, muito superior. Quanto ao conteúdo, acho que dá para confiar na programação de cinema.
E um último ponto em comum são os protestos de moradores de áreas pobres da cidade. Aqui também eles abrem valas no asfalto, enchem a via de monturo e pneus para atear fogo, impedindo o tráfego, sem qualquer aviso à população. Ontem pela manhã, demos de cara com um evento desses, o que nos forçou a voltar pela contramão e nos arriscar do mesmo jeito pela pista oposta. E eis que me deparei com um fato pitoresco: a poucos metros de distância, dois agentes de trânsito os cetebeis daqui , devidamente paramentados, conversavam despreocupados um com o outro, sem dar a menor bola ao que acontecia. Estavam no canteiro central, justamente no ponto em que há um retorno, usado por nós e outros para fugir da baderna. Os carros da contramão avançavam sobre os que prosseguiam corretamente, sem saber o que havia adiante e os gualdinhas simplesmente nada faziam. Decididamente, são piores do que os daqui. Os daqui pelo menos multam.

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