terça-feira, 24 de agosto de 2010

Lost: leilão de memorabilia

Três meses após a exibição de seu último capítulo, o seriado Lost deu a sua última demonstração do enorme carisma que captou junto ao público — sim, um público específico —, que juntamente com as temáticas abordadas fizeram dele um ícone da cultura pop. Nem melhor nem pior do que outros, mas sem dúvida alguma uma obra única, inclusive em termos de futuro.
Nos dias 21 e 22 de agosto, portanto neste último final de semana, a empresa produtora da série (a ABC Studios) promoveu um leilão de memorabilia, disponibilizando vários itens da série, em sua maioria peças de roupas usadas pelos personagens. O resultado foi um sucesso. Os organizadores arrecadaram o dobro do que pretendiam, quase dois milhões de dólares. Fã é isso: faz coisas irracionais, gasta dinheiro e morre de felicidade. Não é exatamente o meu perfil. Posso gostar muito de obras, passar um tempo emocionalmente vinculado a elas, mas não me deixo arrebatar por elas.
Se pudesse, talvez eu fosse a esse leilão. Obviamente, não gastaria, nem que tivesse, US$ 47,5 mil (quase 90 mil reais) para comprar uma Kombi velha. Seria meio ridículo sair às ruas com ela só para ser reconhecido por meia dúzia de nerds. Nem a manteria numa garagem como relíquia, devido aos custos de manutenção. Mas ela foi o objeto mais caro.

Muitos bons momentos foram vividos (ou morridos) dentro de uma destas.
Também não compraria um pedaço de fuselagem do voo Oceanic 815. Alguém, em sã consciência, compraria um negócio desses? Um museu, tudo bem. Mas uma pessoa física, vai pendurar o troço na parede, por acaso?

Menos, garoto. Menos.
No entanto, haveria itens do meu interesse. O diário de Daniel Faraday, p. ex., que foi um dos objetos mais valorizados (vendido por US$ 27,5 mil). Mas talvez eu comprasse apenas isto:
Desmond David Hume e Pennelope Widmore, o melhor casal da trama.
A romântica fotografia do sofrido casal Desmond e Penny, interpretados pelos excelentes Henry Ian Cusick e Sonia Walger, que nos proporcionaram alguns dos melhores momentos da série. Algo pequeno, que dá para pendurar na parede ou guardar na gaveta, não gera despesas e tem valor representativo da obra.

Outros itens leiloados:
  • o farol e os espelhos do farol: US$ 27,5 mil;
  • roda congelada que Ben gira para mudar a ilha de lugar: US$ 25 mil;
  • Camaro de Hurley: US$ 20 mil;
  • computador da estação Cisne: US$ 16 mil;
  • roteiro do episódio piloto assinado por J.J. Abrams e Damon Lindelof: US$ 15 mil;
  • porta da estação Cisne, roteiro do último episódio, foto de grupo Dharma de 1977 e script de O Império contra-ataca reescrito por Hurley.
Veja mais: http://g1.globo.com/pop-arte/fotos/2010/08/veja-alguns-dos-objetos-de-lost-que-irao-leilao.html; http://g1.globo.com/pop-arte/noticia/2010/08/van-de-lost-e-destaque-entre-itens-da-serie-de-tv-leiloados-nos-eua.html; http://www.clickpb.com.br/artigo.php?id=20100823070333&cat=televisao&keys=lost-leilao-arrecada-quase-dois-milhoes-dolares

6 comentários:

Anônimo disse...

Eu compraria a Kate... estava à venda?

Yúdice Andrade disse...

Não estava, meu caro. Mas compreendo o interesse. Evangeline Lilly é mesmo uma graça e, segundo dizem, muito simpática também.

Anônimo disse...

"Graça"? A mulher é um avião maior que os dois, da Ajira e da Ocean, juntos!

Yúdice Andrade disse...

É que ela é muito magrinha e eu aprecio um tipo mais brasileiro, do coxão, bundão, peitão. Mas é questão de gosto.

Carlos Barretto  disse...

Eu ficaria com o computador da estação Cisne. Um Mac nos primórdios. Hehe.

Yúdice Andrade disse...

Isso é bacana, Carlos: escolher coisas que tenham a ver conosco, com nossos gostos pessoais, e não simplesmente um cacareco só porque era da série que víamos.