quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Motoristas covardes

Manhã de quinta-feira em Belém, confluência da Júlio César com a Almirante Barroso. Uma ambulância do Corpo de Bombeiros, intensamente vermelha e por isso fácil de visualizar, consegue espaço entre os veículos e avança para cruzar a principal avenida da cidade. A sirene tonitroa e o motorista coloca o braço para fora, pedindo passagem. E mesmo com tudo isso, vários condutores ignoraram sumariamente o apelo e continuaram passando, deixando a ambulância atravessada na pista.
Quando dei por mim, estava gritando palavrões dentro do carro. Nada me enfurece mais no trânsito do que negar prioridade a uma ambulância. Mais do que constituir uma infração gravíssima, segundo o Código de Trânsito Brasileiro, é um ato de menosprezo à vida, de falta de solidariedade humana.
Toda vez que algo assim acontece, desejo que o tal condutor apressadinho acabe numa ambulância em situação de urgência, para aprender um pouco sobre a vida. Não é desejar o mal para ninguém. Isso é apenas querer ensinar um pouco de justiça...

5 comentários:

Ana Miranda disse...

Eh...eh...eh...
Será que a pequena Júlia estava presente na hora?
Eu já tive reação semelhante, falei todos os palavrões que conhecia e meus filhos ficaram me mandando maneirar um pouco...

Yúdice Andrade disse...

Eu estava sozinho, felizmente. Mas já houve ocasiões em que eu disse mais do que devia na presença da Júlia...

toniachalu disse...

Querido Yúdice,

Que curioso você fazer essa postagem.
Meu pai, que há um mês e meio faleceu, precisou sair de casa numa ambulância e eu fui seguindo com o meu irmão de carro. Muitas pessoas não deram passagem. E olha que foi num trajeto super pequeno (da José Malcher com a 3 de maio até a Beneficiente Portuguesa).
Nossa, eu fiquei louca! Eu gritava: é o meu pai nessa ambulânica, dêem passagem pelo amor de Deus!!
Acredita que tinha uma mulher passando batom no retrovisor que não deu a mínima?
Olha, juro, não sei onde esse mundo vai parar...

Beijos.

Yúdice Andrade disse...

Tônia, querida, eu não sabia do seu pai. Externo minha solidariedade. Espero que estejas bem, assim como o restante da família.
Imagino a tua aflição no dia. Não tenho nenhuma tolerância com falta de solidariedade. Essa mulher do batom merecia um tapa na cara. Sem meias palavras.

Luiza Montenegro Duarte disse...

Nossa, lendo essa postagem, só lembrava dessa situação vivida pela Tônia.
Pensei na mulher do batom e no esporro que ela ganhou. Faltou mencionares, amiga, que ela disse que não dava passagem porque, "na maioria das vezes, não tinha ninguém dentro do carro".
Acho que eu também dava uns bons tabefes.