domingo, 15 de maio de 2011

Alles so einfach!

Inspirado por um bate papo no Facebook, resgato um antigo texto que um amigo, também estudante do idioma, me mandou via e-mail faz tempo. E compartilho:

A língua alemã é relativamente fácil. Todos aqueles que conhecem as línguas derivadas do latim e estão habituados a conjugar alguns verbos podem aprendê-la rapidamente. Isso dizem os professores de alemão logo na primeira lição.
Para ilustrar como é simples, vamos estudar um exemplo em alemão:

Primeiro, pegamos um livro em alemão; neste caso, um magnífico volume com capa dura, publicado em Dortmund, e que trata dos usos e costumes dos índios australianos Hotentotes (em alemão: Hottentotten). Conta o livro que os cangurus (Beutelratten) são capturados e colocados em jaulas (Kotter), cobertas com uma tela (Lattengitter) para protegê-las das intempéries.
Estas jaulas, em alemão, chamam-se "jaulas cobertas com tela" (Lattengitterkotter) e quando possuem em seu interior um canguru, chamamos ao conjunto de “jaula coberta de tela com canguru”, ou seja, Lattengitterkotterbeutelratten.

Um dia, os Hotentotes prenderam um assassino (Attentäter), acusado de haver matado uma mãe (Mutter) hotentotes (Hottentottermutter), mãe de um garoto surdo e mudo (Stottertrottel). Esta mulher, em alemão, chama-se Hottentottenstottertrottelmutter e a seu assassino chamamos, facilmente, de Hottentottenstottertrottelmutterattentäter.

No livro, os índios o capturaram e, sem ter onde colocá-lo, puseram-no numa jaula de canguru (Beutelrattenlattengitterkotter). Mas, incidentalmente, o preso escapou. Após iniciarem uma busca, rapidamente vem um guerreiro Hotentotes gritando:
— Capturamos um assassino (Attentäter)!
— Qual?? – pergunta o chefe indígena.
— O Lattengitterkotterbeutelrattenattentäter — comenta o guerreiro.
— Como? O assassino que estava na jaula de cangurus coberta de tela? — diz o chefe dos Hotentotes.
— Sim — responde a duras penas o indígena. – O Hottentottenstottertrottelmutteratentäter, assassino da mãe do garoto surdo e mudo.
— Ah, demônios! – diz o chefe. — Você poderia ter dito desde o início que havia capturado o Hottentotterstottertrottelmutterlattengitterkotterbeutelrattenattentäter (assassino da mãe do garoto surdo e mudo que estava na jaula de cangurus coberta de tela)!

Assim, através deste exemplo, podemos ver que o alemão é facílimo e simplifica muito as coisas. Basta um pouco de interesse!

E aí, gostou? Esse negócio de inglês já caiu no descrédito. O negócio agora é estudar alemão e chinês.
Der Zukunft wart nicht!

6 comentários:

caio disse...

Tenho uma teoria para que grandes físicos e matemáticos tenham surgido entre os germanófonos: antes de aprender a fazer contas, eles têm que se alfabetizar nos números!

Fiz brevemente curso de alemão na UFPA. Acabei tendo de deixar antes do fim do primeiro semestre... mas deu pra aprender que lá, 1827 é lido entre eles como se fosse "mil, oitocentos e sete e vinte". Hehehehehehe. Ou "miloitocentoseseteevinte", na aglutinadora escrita por extenso deles! De fazer inveja a "quatro vinte e doze" falado por um francófono em relação ao numeral 92...

(Ainda pegarei fluência no deutsche!)

Yúdice Andrade disse...

Caio, teu comentário me lembra um ocorrido bobo, mas que na época me divertiu.
Conversava eu com amigos e mencionei que estava estudando alemão. Um rapaz que passava por mim ficou agitadíssimo com a informação e me perguntou se eu poderia traduzir um escrito que lhe fora dado por uma garota. Ele estava interessado nela e recebera aquele bilhetinho cheio de mistérios.
Quando me exibiu o papel, porém, nele estava escrito apenas "fünfhundertfünfundfünfzig" que, como deves saber, significava só e simplesmente o número 555.
Precisavas ver a cara do rapaz mudando a olhos vistos. Foi uma decepção para ele! Fiquei constrangido e lamentei que o bilhete só dissesse aquilo.
Não sei o desfecho da paquera.

Anônimo disse...

Infelizmente vc não entendeu a mensagem. Estava em linguagem "twitteritica" . O 555 era o nº da casa da garota!!!! Casa nº 5, apto nº 5 as 5 horas. A lingua alemã é é simples assim. Os latinos é que complicam.

Kenneth Fleming

Yúdice Andrade disse...

A ideia é boa, Kenneth, mas a julgar pela reação que o rapaz teve, essa hipótese de convite não foi aventada na época! Ou, se foi, ele não pensou nisso e se deu mal!

caio disse...

Po, nem pra ter sido um sechshundertsechsundsechzig hehehehe.

(caramba, aquele show do Iron Maiden mexeu mais comigo do que imaginava... "Sechs! Sechs! Sechs! Die Zahl des Tieres...")

Diana disse...

já leu o texto do mark twain "the awful german language"? =)