domingo, 15 de maio de 2011

A "heterofóbica"

Não sei vocês, mas eu sorri satisfeito quando vi a senadora paraense Marinor Brito enquadrando o lesado do Jair Bolsonaro em pleno Congresso Nacional, na última quinta-feira (12 de maio). Ela passou um tempo sem mandato e, nesses quatro meses de Senado, esteve tão quieta, tão calminha... E olha que é difícil manter a calma quando o Mário Couto abre aquela boca mole! Provavelmente, ela mesma já se ressentia de não enfrentar nenhum grande desafio. Mas eis que surge essa figura mítica da República — Jair Bolsonaro, que pediu para ser malucão e entrou várias vezes na fila!
Aí foi uma mão na roda: Marinor contra um ultradireitista, ultrarreacionário, ultrapreconceituoso. Deu certinho! Confusão, gritaria, promessas de representações disciplinares e de ações judiciais. Que delícia! Aqui não é Taiwan, onde os parlamentares se estapeiam semana sim, semana também, então temos que nos contentar com esse elevado espírito republicano, que resolve as diferenças no Judiciário, sem sangue!
Mas quem manda o Bolsonaro usar dinheiro público para imprimir milhares de cartilhas sugerindo que querem transformar os nossos filhos em gays e, ainda por cima, aparecer pelas costas da senadora Marta Suplicy, no momento em que ela concedia entrevista, na condição de relatora do projeto de lei que criminaliza a homofobia? Quem procura acha, não é, Jair? Você provocou!

Marinor, sou teu fã. Não é por esse episódio, não. É pelo conjunto da obra. Nas próximas eleições, meu voto é teu. Como dizem os jovens de hoje: selado!

7 comentários:

Lilica disse...

Yúdice, apesar do apelido de "Marilouca", a Marinor tem nos orgulhado com o seu trabalho no Senado. Nem um dos senadores paraenses tem a coragem dela. E esse filhote da ditadura,o tal Bolsonaro, é café pequeno pra Mari. Votei e voto bela,também.

Maíra Barros de Souza disse...

Adorei! Marinor foi até bem controlada, porque é preciso muita paciência pra não "sentar a mão" nesse dinossauro.

Daniel Scortegagna disse...

Acho que ela se nivelou por baixo no momento em que incorporou o lado louca... Sinceramente, na minha, opinião, dois truculentos. Achei ridículo o comportamento da Marinor, assim como o comportamento dos Parlamentares de Taiwan... O blog do barata fala sublimemente sobre o episódio, vale uma olhada!! Abraços Yúdice!!! O blog continua muito bom!!!

Yúdice Andrade disse...

Lilica, os que estavam e os que estão no Senado, formalmente representando o Pará, nunca representaram o Pará. Com um staff desses, fica fácil para Marinor se sobressair. Pelo menos, ela é muito mais aguerrida. Confio muito mais nela do que em qualquer outro. À exceção do Nery, eu não viraria as costas para nenhum deles, por medo do que pudessem fazer contra mim.

Também acho que foi só um aperitivo, Maíra.

Caríssimo Daniel, nossa Marinor é assim mesmo! Quando vereadora, envolveu-se em pancadarias fabulosas naquele pardieiro que é a Câmara de Belém. Nunca fugiu ao combate. Na época, eu apenas a achava louca. Hoje, acho que precisamos de uns malucos assim.
Li o texto do Barata e não gostei, não. Nem podia: ele critica todo e qualquer ser humano neste mundo, menos a si mesmo. A meu ver, já perdeu a credibilidade em matéria de críticas ao temperamento alheio.

Anônimo disse...

Yúdice, só tenho a concordar! Ri muuuuuito desse selado e ainda estou rindo! hahahahah. abrçs.

Felipe Guimarães

Anônimo disse...

Impressionante como o senso comum se refere as mulheres mais aguerridas como loucas, histéricas, etc. Ja os homens, são os machões.
to com a Marinor e não abro...
Ass: Anna Lins

Maria Luiza disse...

Yudice, concordo em gênero, numero e grau do que voce falou sobre o Barata, li o que ele escreveu e não gostei também. Ele precisa de um espelho bem limpinho pra se enchergar melhor. Meu voto também é da Marinor..selado..rsss
Abs MALU