O advogado Daniel Coutinho da Silveira me deixou este oportuno comentário, em relação à postagem "Provincianos e rancorosos", do último dia 27 de abril:
Independentemente de qualquer discussão específica, sempre achei absurda essa coisa de considerar paraenses que alcançam algum destaque como nossos legítimos representantes ou vergonhas inomináveis. Meus dedos não encolhem quando o Mike do Mosqueiro vai em cadeia nacional dizer que é paraense, nem meu peito estufa quando a inteligente Letícia alcança a final do concurso.
Os paraenses se sentem diminuídos por vários motivos (alguns deles legítimos) e buscam se afirmar nessas ocasiões, tentando demonstrar que aqui há algo de bom ou excomungando aqueles que nos fazem vergonha. Certamente é importante ressaltar nossas qualidades, mas é que acho ainda mais importantes aumentar a abrangência delas.
Assim poderemos brigar pela nossa inclusão em discussões nacionais e internacionais, não como um favor, mas como imposição por aquilo que podemos oferecer.
Chega desse regionalismo barato. O caminho mais curto para crescermos é admitirmos nossas falhas. Sabendo delas, devemos agir para superá-las. E nunca mais teremos de analisar as pessoas pelo local em que elas nasceram, mas quanto aquilo que se propuseram assim por fazer.
Ratifico as impressões do comentarista sobre o jeito paraense de ser, inclusive por que é propositiva: em vez de ficarmos nos lamuriando e sofrendo de mania de perseguição, temos mais é que arragaçar as mangas e produzir.
2 comentários:
Concordo integralmente.
Ótimo comentário.
Agradecemos, meu amigo.
Postar um comentário