sexta-feira, 27 de abril de 2007

Eu queria trazer-te uns versos muito lindos



E como hoje é sexta-feira, estou com amigos muito amados hospedados em casa e, à noite, entregarei as notas da primeira avaliação para meus alunos, nada melhor do que a poesia para revigorar todas as energias, para o bom e para o belo.








Eu queria trazer-te uns versos muito lindos
colhidos no mais íntimo de mim...
Suas palavras
seriam as mais simples do mundo,
porém não sei que luz as iluminaria
que terias de fechar teus olhos para as ouvir...
Sim! Uma luz que viria de dentro delas,
como essa que acende inesperadas cores
nas lanternas chinesas de papel!
Trago-te palavras, apenas... e que estão escritas
do lado de fora do papel... Não sei, eu nunca soube o que dizer-te
e este poema vai morrendo, ardente e puro, ao vento
da Poesia...
como
uma pobre lanterna que incendiou!


Mário Quintana
30.7.1906 - 5.5.1994

P.S. em 5.5.2007, às 14h08:
Hoje está fazendo 13 anos que o nosso poeta faleceu. Espero que, do céu dos poetas, onde se encontra, ele nos mande muita inspiração e beleza.

10 comentários:

Anônimo disse...

Yúdice, com certeza esse é o pensamento de seus hóspedes:

A Cabana

É preciso dizer-lhe que tua casa é segura
Que há força interior nas vigas do telhado
E que atravessarás o pântano penetrante e etéreo
E que tens uma esteira
E que tua casa não é lugar de ficar
mas de ter de onde se ir

(Max Martins)

Bjs.

Frederico Guerreiro disse...

Ai, ai, ai, Yúdice! As notas..., que maldade! Com poesia, amarras uma bela rosa cheia de espinhos na ponta de um bastão de beisebol.

Alê G. disse...

A intenção do post, sem dúvida alguma, foi alcançada.
Mas, se algum poema vai morrendo, assim, permanecerão belos os momentos e as formas que, um dia, por ele foram iluminadas. Jamais morrem por completo.
=*

Alê G. disse...

Quanto à possibilidade de teres "atrapalhado os bons pensamentos" do meu blog, digo que, em um primeiro momento, afirmaria veementemente que não foi culpa tua - e argumentaria por existirem espaçamentos naturais de postagens desde sempre.
Mas, depois de pensar um pouco, resolvo afirmar que sim, tens um tanto de culpa. E argumento, agora, dizendo que me ocorreram pensamentos interessantes, mas que foram abafados, convertendo o tempo para estudos para a tua prova.

Agora podes escolher a explicação que melhor foi apresentada, ao teu ver.
=)

Yúdice Andrade disse...

Cris, espero que eles se sintam assim.
Fred, belíssima imagem que criaste. Mas é uma maldade comigo...
Alessandra, qualquer explicação me contenta. Estou ansioso por te ler mais.

Anônimo disse...

Olá Yúdice,
soube que tu eras prof. do Wady?... e que havias colocado uma poesia para ele no teu Blog; imagino que seja a do Mário Quintana, uma das mais lindas, dele que é dos meus prediletos também, então me animei e resolvi pedir para colocar no teu blog uma poesia que meu pai gostava de recitar, (como uma homenagem ao Wady - e sua família - que era apenas meu primo, convivemos pouco sou muitos anos mais velha que ele e, é ...uma grande e bela alma gentil, é de
Luís Vaz de Camões:

Alma minha gentil, que te partiste



Alma minha gentil, que te partiste
tão cedo desta vida descontente,
repousa lá no Céu eternamente,
e viva eu cá na terra sempre triste.
Se lá no assento etéreo, onde subiste,
memória desta vida se consente,
não te esqueças daquele amor ardente
que já nos olhos meus tão puro viste.

E se vires que pode merecer-te
alguma cousa a dor que me ficou
da mágoa, sem remédio, de perder-te,

roga a Deus, que teus anos encurtou,
que tão cedo de cá me leve a ver-te,
quão cedo de meus olhos te levou.

Anônimo disse...

Primo, se Blog está cada dia mais brilhante ainda bem que consegui voltar a postar!!!

Yúdice Andrade disse...

Espero que voltes e postes sempre, primo.
Anônima, acho que foi esquecimento dizer seu nome. Espero que todos estejam se recuperando, com a ajuda de Deus e o reconforto dos amigos.
O poema de Camões que você transcreveu é um dos meus favoritos. Nas minhas épocas de Romantismo nas aulas de Literatura, eu adorava recitá-lo. Obrigado por me levar de volta a ele.

Jade disse...

De blog em blog cheguei ao seu, e a primeira coisa que fiz foi copiar os dois primeiros versos para usar como título no post que estava escrevendo pelo aniversário do Pedro Nelito.
Agora, agradeço e pelo desculpas pelo abuso e vou ler mais, porque gostei daqui.
Beijos!!

Yúdice Andrade disse...

Cara J@de, bem vinda e volte sempre. A casa é sua, também. E não se preocupe quanto ao copiar-colar. Eu copiei o poema inteiro, por que me importaria com os dois versos que você usou? Se o Quintana não se importa, por mim, tudo bem. Abraços.