sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Vá trabalhar assim... no Japão!

Extraído da revista Galileu, n. 204 (julho de 2008), p. 21:

Eu quero sossego!
Empresas nipônicas rasgam a legislação trabalhista do país e dão uma trégua a seus extenuados profissionais.

Jornadas excessivas, pressão e estresse são as associações quando se fala em trabalho no Japão. No país famoso pela rigidez de suas leis trabalhistas - folgas somente uma vez por semana, dias de férias que variam com o tempo de serviço etc. - existe até um termo para se referir aos casos de mortes por excesso de trabalho, os "karoshi". Mas os nipônicos dão as primeiras demonstrações de que estão de saco cheio. Por conta disso, começam a aparecer algumas mordomias de fazer inveja até mesmo aos funcionários públicos do mundo ocidental. (FERNANDA COLAVITTI)


Licença dor-de-cotovelo
Os funcionários da Hime & Co., de Tóquio, podem ficar em casa curtindo a dor-de-cotovelo em caso de divórcio - não importando de qual dos dois partiu a decisão. O benefício é de um dia para os funcionários de 20 anos, de dois dias para os que já chegaram aos 25 e de três dias a partir dos 30 (os mais jovens se recuperam mais rápido, segundo a empresa).


Pausa para um cochilo
No Japão, dormir no trabalho não só é permitido: é um sinal de que a pessoa tem se esforçado. Mas a prática, batizada de "inemuri" ("estar presente enquanto dorme"), segue algumas regras. Não é permitido deitar na mesa e o benefício só é permitido aos funcionários dos cargos mais altos e mais baixos. Os intermediários têm de se manter acordados.


Auxílio-bebedeira
A empresa Japan General Estate Co. irá oferecer um benefício mensal de cerca de 5 mil reais para os empregados que supervisionam 20 ou mais pessoas. Com esse dinheiro, eles podem levar seus subordinados para beber depois do trabalho. As happy-hours são encorajadas no país, como uma maneira de aliviar a tensão das longas jornadas.


Vigilantes do peso
Pode soar ditatorial à primeira vista, mas a iniciativa do governo japonês de obrigar as empresas a medir a circunferência abdominal dos funcionários de 40 anos pode ser uma estratégia para conter a obesidade. Homens com medidas acima de 85 centímetros e mulheres com mais de 90 centímetros de cintura serão incluídos em um grupo de alto risco.


Nem vou perguntar qual das medidas acima mais lhes agradou, porque já sei a resposta. Pergunto, então, que outros benefícios vocês acham que poderiam ser ofertados aos trabalhadores brasileiros, a fim de melhorar a sua qualidade de vida. Licença jogo-da-copa não precisa propor, porque já existe.

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