Pelo visto, voltei de vez ao estado de natureza. Talvez seja pelo cansaço da correção das provas e pelo mau humor que me acomete, de modo impiedoso, quando se aproxima o dia de pagar imposto de renda, mesmo já tendo sido extorquido, sangrado na fonte. O mês de abril sempre me provoca uns abalos no temperamento. E aí me aparecem uns fulanos — anônimos, claro — cheios de razões, criticando meus posicionamentos pessoais, que são apenas isso mesmo, posicionamentos pessoais, e não doutrinas ou filosofias.
Sempre recebi bem críticas educadas. E aprecio muito as inteligentes. Mais de uma vez pedi desculpas aqui no blog, por variados motivos. O que eu não tolero é gente que vem dentro da minha própria casa me cobrar respeito a supostos direitos alheios, sem me ter concedido nem sequer o direito de expressão, que qualquer pessoa pode confirmar é utilizado por mim com parcimônia, sem ataques pessoais, sem nominações, sem afirmações desprovidas de fontes, etc. E protegendo, inclusive, autores de comentários que já tenham sido publicados, inclusive quando anônimos.
Para esses baluartes da moralidade alheia, minha resposta é a que aprendi com alguém que admiro: me compre um bode!
É uma forma de dizer que não acredito em seus valores unilaterais e já superei a idade de ter peninha dos corações sensíveis. Excesso de suscetibilidade se resolve no consultório do psiquiatra, com os remedinhos que ele prescrever. Não na Internet e, definitivamente, não comigo!
E já que tocamos no assunto, eu lhes apresento: o bode, nome dado ao macho adulto dos caprinos (Capra aegagrus hircus).
Bodes boer (como o da foto ao lado) e cabras saanem têm alta receptividade no mercado. Os primeiros custam em torno de 800 reais junto a um bom produtor em Atibaia, São Paulo. As fêmeas custam a metade do preço. É, a discriminação de gênero também existe entre os caprinos. Sugiro que os meus críticos corram lá em Atibaia para enquadrar o caprinocultor.
A compra pode ser feita em dinheiro ou cartão de crédito. As despesas relativas à entrega dos animais precisam ser negociadas.
Vale lembrar que a imagem dos bodes é associada a Satanás, muito em parte devido a essa representação clássica que pode ser vista à direita. Uma injustiça, é claro, porque os bichinhos jamais deram motivo para uma tal associação. Não me consta a existência de uma única fábula na qual um bode tenha trazido desgraças a quem quer que seja. Se algum sertanejo por aí perdeu sua vida em disputas por criações, obviamente que a culpa não foi justo do bode, que é juridicamente coisa, não sujeito de direitos; um bem semovente, como determina o Código Civil, para desespero das madames criadoras de bolinhas de pelo fru-frus (acabo de comprar outra briga...).
Mas como hoje estou com um humor excelente (embora não pareça), termino esta postagem com uma piadinha banal. Estão vendo esse sujeito circunspecto aí embaixo?
É o bode expiatório.
E por hoje chega de bobagens, porque esse expiatório é com x, não com s.
3 comentários:
Eh...eh...eh...
Está visível, sim, o seu excelente humor!!!!
Amigo, não precisa nem publicar.
Esse tipo de postagem é exatamente o que querem aqueles que te atacam. Quando veem que conseguiram te irritar, acreditam que atingiram o objetivo. Aí vira círculo vicioso. O covarde anônimo se sente recompensado pelo êxito do ataque, porque ganhou réplica, e toda vez que não concordar com qualquer coisa que escrevas vai repetir a dose.
Certa vez descobri quem um dia me atacou no blog e o sujeito, desmascarado, ficou todo maricota, "não sei do que está falando", "não perco tempo com essas coisas" e por aí vai, completamente constrangido com a merda que fez.
Geralmente é assim. O sujeito é um babaca covarde que se esconde no suposto anonimato, crente que essa máscara lhe garante falar o que bem entende sem arcar com as consequências.
Esses não valem nem um bode.
É isso.
Abraço
Este é um momento de libertação para mim, Ana. Por isso o meu humor está ótimo.
Sei disso, Fred. Mas quis fazer uma catarse. Estou limpando gavetas e outras coisas mais. Quem quiser fru-fru que vá acompanhar o Twitter dos meninos do Restart.
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