Você quer que eu seja educado ou posso falar a verdade?
sexta-feira, 29 de abril de 2011
Paisinho de m... onarquia!
Há dois dias, escrevi que o Pará é provinciano. Mas o dia de hoje (aliás, as últimas semanas) mostrou que o país inteiro é provinciano e deslumbrado.
Só espero que não haja uma cobertura da lua de mel real...
Dizem aos ateus mais raivosos que só podemos odiar aquilo em que acreditamos num mínimo, ou simpatizamos em algum aspecto. Acho que é o teu caso com o tal do casamento, já que, do teu modo, estás acompanhando os fatos igual àqueles que querem ver o evento. No mínimo curioso isso. Não sei por quê, mas trata-se de um evento histórico, com suas características, mas como envolve realeza é descartado por muitos como um evento distinto e sim uma mera pompa. Coisa de provinciano isso também, e não só quem acompanha. Não sei se concordamos, mas faz sentido? Quanto ao Charles e a Diana, obrigaram ele a casar com ela e ele a tornou infeliz? Ela casou com ele porque quis ora, problema dela isso. Deu no que deu por culpa dela também e não por causa daquele grinch inglês. Acho que você como bom apreciador da cultura deveria ver aspectos de história da arte, história da moda, e relações político-institucionais que um casamento real contemporâneo, talvez da única realeza que exiba traços - pequenos assumo - de modernização das suas atitudes. Mereço ser execrado ou essas loucuras fazem um pouquinho de sentido?
É verdade, caro Yúdice. Essa nossa imprensa é mesmo deslumbrada. Transmitem, na íntegra, o casamento da monarquia britânica e NÃO TRANSMITEM o casamento da Princesa Carola com o Conde Chiquinho Scarpa!!!! Pode? Deveriam valorizar o que é nosso.Açaí e tecnobrega neles.
Das 10h50, creio que podemos odiar algo que conhecemos em alguma medida, sem a necessidade de "acreditar num mínimo" ou de "simpatizar em algum aspecto". Portanto, discordo da premissa. Discordo, ainda mais, porque não estou acompanhando o maldito evento histórico (sim, histórico ele é). Tento me manter alheio ao fato, mas tenho muitas mulheres ao meu redor e elas apurrinham com essa bobagem. Não digo "mulheres" para ser machista, mas tão somente porque nenhum dos homens com quem convivo tem se ocupado do tema. Decerto que sou provinciano em vários aspectos, mas duvido que neste seja o caso. Você que é maldosa de atribuir a Diana culpa exclusiva pelas agruras que sofreu. Não tenho pena dela, não, mas não acho que devamos omitir a responsabilidade do mau marido. Acho que sou apreciador da cultura, sim, mas não sou obrigado a gostar de todas as formas de cultura. Não gosto de balé, jazz, arte moderna e de casamentos reais. Aliás, detesto a monarquia. E acho bem cafona se deslumbrar com isso.
Verdade, Kenneth. Sendo que ainda temos o alento de estarmos livres da tal "Princesa Carola". Horrível dizer isso, eu sei, mas enfim...
Yúdice, já falaste taaaanto desse casório que tá parecendo que estás acompanhando mais que todo mundo. Olha que isso tá parecendo mecanismo de defesa, Freud explica...
Negativo, Lilica: falei apenas duas vezes, contando com esta. E hoje foi por alívio de pensar que essa droga vai acabar. Como este segundo texto permite compreender, a ideia foi apenas ampliar a crítica local ao nível nacional.
Lamentável o povo ficar se "avassalando" diante de uma monarquia obsoleta e sem propósito.
E o que é pior, fazer disso um "evento mundial". Ou seja, um cara que nasceu de uma bu**** que convencionaram alguns séculos antes ser "real", hoje ostenta riqueza e fama.
Yúdice, querido, com todo respeito, hoje meu dia começou cedo e foi bem feliz. Fiz questão de ver desde o início, com o Príncipe saindo de casa. Fiquei sem fôlego quando vi o vestido e fico com um sorriso bobo quando vejo a foto do beijo (mixuruca) no balcão do palácio. Não nego, porém, que tens razão em tudo: não há propósito algum nisso tudo, mas eu não resisto a uma Princesa com um vestido deslumbrante e sorriso radiante e um Príncipe vestido com uma farda vermelha.
Yúdice, "pufavô", não fique bravo comigo, mas, eu juro, prefiro ler/ver/ouvir sobre esse casamento do que as notícias de violência, da Natureza "retribuindo" o que o homem tem feito e "destruindo" o planeta, e tantas outras notícias ruins...
Ah, vá, caríssimo Yúdice, foi até bonitinho os 2 casando-se...
De fato, Jean, esse ardor pela monarquia na verdade implica em um sentimento de vassalagem. Não tinha pensado nisso, mas me parece que é isso mesmo. E vassalo não é uma condição que deveríamos perseguir, ainda mais diante de uma autoridade que nada tem a ver com a nossa realidade.
Luiza e Ana, mesmo na divergência, eu nunca me desentendo com vocês, minhas adoradas comentaristas de sempre. Por isso, vamos deixar assentado assim: se alguém assistiu ao evento com um sorriso nos lábios, sentindo-se feliz, como nos sentimos vendo um bom filme ou uma novela, ou lendo um livro, então o objetivo de obter satisfação emocional foi atendido. E todo mundo merece ser feliz, certo? Adoro vocês, sempre.
10 comentários:
Meu Amigo,
O que achou do casamento do século? rsrsr
Dizem aos ateus mais raivosos que só podemos odiar aquilo em que acreditamos num mínimo, ou simpatizamos em algum aspecto. Acho que é o teu caso com o tal do casamento, já que, do teu modo, estás acompanhando os fatos igual àqueles que querem ver o evento. No mínimo curioso isso. Não sei por quê, mas trata-se de um evento histórico, com suas características, mas como envolve realeza é descartado por muitos como um evento distinto e sim uma mera pompa. Coisa de provinciano isso também, e não só quem acompanha. Não sei se concordamos, mas faz sentido?
Quanto ao Charles e a Diana, obrigaram ele a casar com ela e ele a tornou infeliz? Ela casou com ele porque quis ora, problema dela isso. Deu no que deu por culpa dela também e não por causa daquele grinch inglês.
Acho que você como bom apreciador da cultura deveria ver aspectos de história da arte, história da moda, e relações político-institucionais que um casamento real contemporâneo, talvez da única realeza que exiba traços - pequenos assumo - de modernização das suas atitudes. Mereço ser execrado ou essas loucuras fazem um pouquinho de sentido?
É verdade, caro Yúdice. Essa nossa imprensa é mesmo deslumbrada. Transmitem, na íntegra, o casamento da monarquia britânica e NÃO TRANSMITEM o casamento da Princesa Carola com o Conde Chiquinho Scarpa!!!!
Pode? Deveriam valorizar o que é nosso.Açaí e tecnobrega neles.
Kenneth
Eu não achei, Liandro: eu perdi!
Das 10h50, creio que podemos odiar algo que conhecemos em alguma medida, sem a necessidade de "acreditar num mínimo" ou de "simpatizar em algum aspecto". Portanto, discordo da premissa.
Discordo, ainda mais, porque não estou acompanhando o maldito evento histórico (sim, histórico ele é). Tento me manter alheio ao fato, mas tenho muitas mulheres ao meu redor e elas apurrinham com essa bobagem. Não digo "mulheres" para ser machista, mas tão somente porque nenhum dos homens com quem convivo tem se ocupado do tema.
Decerto que sou provinciano em vários aspectos, mas duvido que neste seja o caso. Você que é maldosa de atribuir a Diana culpa exclusiva pelas agruras que sofreu. Não tenho pena dela, não, mas não acho que devamos omitir a responsabilidade do mau marido.
Acho que sou apreciador da cultura, sim, mas não sou obrigado a gostar de todas as formas de cultura. Não gosto de balé, jazz, arte moderna e de casamentos reais. Aliás, detesto a monarquia. E acho bem cafona se deslumbrar com isso.
Verdade, Kenneth. Sendo que ainda temos o alento de estarmos livres da tal "Princesa Carola". Horrível dizer isso, eu sei, mas enfim...
Yúdice, já falaste taaaanto desse casório que tá parecendo que estás acompanhando mais que todo mundo. Olha que isso tá parecendo mecanismo de defesa, Freud explica...
Negativo, Lilica: falei apenas duas vezes, contando com esta. E hoje foi por alívio de pensar que essa droga vai acabar.
Como este segundo texto permite compreender, a ideia foi apenas ampliar a crítica local ao nível nacional.
Lamentável o povo ficar se "avassalando" diante de uma monarquia obsoleta e sem propósito.
E o que é pior, fazer disso um "evento mundial". Ou seja, um cara que nasceu de uma bu**** que convencionaram alguns séculos antes ser "real", hoje ostenta riqueza e fama.
E ainda se alcunham de desenvolvidos.
Yúdice, querido, com todo respeito, hoje meu dia começou cedo e foi bem feliz. Fiz questão de ver desde o início, com o Príncipe saindo de casa.
Fiquei sem fôlego quando vi o vestido e fico com um sorriso bobo quando vejo a foto do beijo (mixuruca) no balcão do palácio.
Não nego, porém, que tens razão em tudo: não há propósito algum nisso tudo, mas eu não resisto a uma Princesa com um vestido deslumbrante e sorriso radiante e um Príncipe vestido com uma farda vermelha.
Yúdice, "pufavô", não fique bravo comigo, mas, eu juro, prefiro ler/ver/ouvir sobre esse casamento do que as notícias de violência, da Natureza "retribuindo" o que o homem tem feito e "destruindo" o planeta, e tantas outras notícias ruins...
Ah, vá, caríssimo Yúdice, foi até bonitinho os 2 casando-se...
De fato, Jean, esse ardor pela monarquia na verdade implica em um sentimento de vassalagem. Não tinha pensado nisso, mas me parece que é isso mesmo. E vassalo não é uma condição que deveríamos perseguir, ainda mais diante de uma autoridade que nada tem a ver com a nossa realidade.
Luiza e Ana, mesmo na divergência, eu nunca me desentendo com vocês, minhas adoradas comentaristas de sempre. Por isso, vamos deixar assentado assim: se alguém assistiu ao evento com um sorriso nos lábios, sentindo-se feliz, como nos sentimos vendo um bom filme ou uma novela, ou lendo um livro, então o objetivo de obter satisfação emocional foi atendido. E todo mundo merece ser feliz, certo?
Adoro vocês, sempre.
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