Há alguns anos, estabeleci alguns procedimentos em minha praxe docente, como forma de assegurar maior transparência nos processos avaliativos. Percebo que essas iniciativas têm sido bem sucedidas, tanto para mim como para os alunos.
Uma dessas medidas consiste em aplicar a prova, respondê-la e encaminhar o documento para os alunos que, desse modo, tomam conhecimento das respostas admitidas e de critérios definidos para a correção. É um procedimento de certa forma vinculante para mim pois, se eu fizer alguma alteração, terei que publicar uma errata ou nova versão do documento. Naturalmente, é bem mais trabalhoso, mas acredito que saio ganhando, porque um aluno com maior conhecimento de causa se sente mais seguro em relação à nota merecida, mesmo que baixa.
Na última sexta-feira, apliquei prova à tarde. Quando cheguei na turma da noite, pediram-me uma revisão, coisa que nunca faço, porque realmente não acho produtivo na minha disciplina. Prefiro atender os alunos fora do horário da aula e, para isso, conto ainda com o concurso do supermonitor. Mas decidi concordar, dessa vez, para tentar uma experiência inédita: fazer uma espécie de laboratório, debatendo a prova que acabara de aplicar. Assim, pela primeira vez, os próprios alunos ajudaram a construir as respostas que serão utilizadas como parâmetro para a correção, que ainda não iniciei.
Foi produtivo para mim, porque isso me permitiu saber como funciona a cabeça do aluno quando se depara com a questão. Alguns possíveis questionamentos já foram antevistos. Agora, mãos à obra.
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