Muito agradável esta reportagem sobre adolescentes infratores, que retomaram os estudos e agora querem uma oportunidade de futuro. Raras vezes a imprensa dá relevo aos esforços de quem delinquiu por se ressocializar e, nos últimos tempos, a intolerância tem sido singularmente grande com os adolescentes. Nesta matéria, contudo, vemos jovens sentenciados por crimes graves (narcotráfico e roubo) que tomaram gosto pelo estudo e estão fazendo seus planos.
Apenas uma adolescente, num universo de 6.771 jovens internados no Estado de São Paulo, frequenta o ensino superior. Mesmo assim, porque sua família tem condições de pagar uma faculdade particular. É a exceção, claro. Para os demais, a falta de oportunidades é a grande companheira das más decisões, o que nos leva de volta a velhas discussões, que permanecem sempre atuais.
Fez-me lembrar a postagem que publiquei em agosto de 2007, sobre o caso de uma adolescente sentenciada por narcotráfico que, graças a uma conjuntura favorável, dava todos os sinais de recuperação. Por isso perguntei: e se tivessem desistido dela?
Também repito a pergunta com que terminei a aludida postagem: para que espécie de pessoas faremos as nossas leis?
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