quinta-feira, 7 de setembro de 2006
Pátria minha
Se me perguntarem o que é a minha pátria direi:
Não sei. De fato, não sei
Como, por que e quando a minha pátria
Mas sei que a minha pátria é a luz, o sal e a água
Que elaboram e liquefazem a minha mágoa
Em longas lágrimas amargas.
(...) Não te direi o nome, pátria minha
Teu nome é pátria amada, é patriazinha
Não rima com mãe gentil
Vives em mim como uma filha, que és
Uma ilha de ternura: a Ilha
Brasil, talvez.
Relembro as palavras do Poetinha para dizer que, mais do que nunca, a nossa pátria tem sido feita de lágrimas amargas, não tem sido uma gentil mãe e está entregue à mais feroz rapinagem. O povo desconhece o poder que possui e, graças a isso, os criminosos mais vis continuam usufruindo do que é nosso, rindo de nossa miséria.
Eis minha maldição: que lhes seja negada a poesia de Vinícius. Que suas vidas sejam como a poesia de Augusto dos Anjos - mas eles como alvo. Sobre este outro poeta, falaremos outro dia.
PS - Macado Ensopado, governador de um Estado aí, chegou atrasado ao desfile do Dia do Pátria. Por causa disso o desfile atrasou. Imaginem as pessoas torrando ao sol enquanto o bonito fazia o social com as pessoas de sua... corte. Mas, pelo menos, teve o que merece: foi recebido com vaias e mais vaias. Informação segura de quem estava lá.
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Um comentário:
Gostei de seu blog e já linkei no meu.
Abraços
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