A imprensa comum publicou, hoje, a seguinte notícia:
Segundo o último censo do IBGE, a cada vinte minutos, uma criança entre dez e 14 anos dá à luz no Brasil. Outras 54 mil meninas chegam aos hospitais por ano devido a complicações de abortos improvisados. Dessas jovens mães, 45% voltam a engravidar até os 19 anos.
A curiosidade me levou ao site do IBGE, no qual encontrei o quadro acima e mais o seguinte (resultados da Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde - 1996, do Ministério da Saúde):
- 18% das adolescentes de 15 a 19 anos já haviam ficado grávidas alguma vez.
- 1 em 3 mulheres de 19 anos já são mães ou estão grávidas do 1° filho.
- 1 em 10 mulheres de 15 a 19 anos já tinha 2 filhos.
- 49,1% destes filhos foram indesejados.
- 20% das adolescentes residentes na zona rural tem pelo menos 1 filho.
- 13% das adolescentes residentes na área urbana tem pelo menos 1 filho.
- 54% sem escolaridade já haviam ficado grávidas.
- 6,4% com mais de 9 anos de escolaridade ou já eram mães ou estavam grávidas do 1° filho.
- 20% região norte tem pelo menos 1 filho.
- 9% região centro-oeste tem pelo menos 1 filho.
- 45,9% das jovens sexualmente ativas não utilizam nenhum método anticoncepcional.
- 72% manifestaram vontade de usar algum método anticoncepcional
A realidade brasileira é, portanto, alarmante e reclama medidas concretas, rápidas e eficazes para conter o descalabro social representado por famílias não planejadas e desagregadas, marginalização infanto-juvenil, exclusão de acesso a oportunidades de educação, saúde, lazer e emprego, além de uma perigosa desconfiança contra jovens de origem humilde.
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