O jornal oficial do tucanato paraense, fazendo sua bajulação diária, publicou hoje o seguinte:
Impedido pela nova lei eleitoral, que restringe a transferência de renda de programas sociais em ano eleitoral, o Cred-Livro deixará de ser concedido este ano aos professores da rede estadual que freqüentarão, a partir de amanhã, a Feira Pan-Amazônica do Livro. Em 2005, o programa beneficiou 10 mil educadores, com R$ 150 para cada um para a compra de livros na feira. O governador Simão Jatene estudou alternativas para a concessão, mas todas esbarraram no rigor da lei.
A verdade sobre o Cred-Livro me foi contada por um amigo, professor da rede estadual. Vamos aos fatos:
1. O Cred-Livro funciona a partir de uma verba conseguida junto ao Ministério da Educação - portanto, dinheiro federal. É caridade com o chapéu alheio, que o governador faz parecer iniciativa pessoal e ônus de seu próprio governo.
2. Não foram beneficiados dez mil educadores. Ainda que a benesse chegasse a tantos professores assim, os R$ 150,00 só podem ser empregados na aquisição de livros na própria feira, ou seja, em Belém do Pará, nos dias de sua realização. Pergunto: quantos professores do interior virão à capital para isso? Alguém realmente acha que um professor de Jacareacanga, Itaituba ou sei lá onde mais virá a Belém, numa viagem de dias e muito mais dispendiosa do que o valor recebido?
3. E agora o pulo do gato: o dinheiro não utilizado, porque os professores não adquiriram livros na feira, é recolhido aos cofres... do Estado. Então quem é que lucra com isso?
Fala a verdade, liberalzinho!!
Um comentário:
Pareceria até piada, se não fosse tragédia.
Dizem que o tucano é um pássaro que põe seus ovos bem no alto, mas adora comer os dos outros que os põem bem embaixo. E já que mamífero não põe ovo...
p.s.: leia, em primeira mão, a nota do Lúcio em meu blog e veja do que a justiça do Pará é capaz.
Após ler a nota, pergunte-se: quem está por trás disso tudo?
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