Um único tiro no peito, logo abaixo do mamilo direito, que transfixou e saiu pelas costas, matou o coronel reformado da Polícia Militar Ubiratan Guimarães, na noite de ontem (domingo, 10), em seu próprio apartamento, em São Paulo. Não havia sinais de luta e uma porta estava encostada. Indícios de execução.
Não será fácil saber quem tinha interesse nessa morte, já que o aludido senhor foi o comandante da operação que, em 1992, entrou para a história como o Massacre do Carandiru. Símbolo da crueldade do Estado no Brasil, não faltava quem considerasse Guimarães um benfeitor da sociedade, merecedor de medalha. Tanto que se elegeu deputado estadual (e ainda tinha o cinismo de usar, em suas campanhas, o número 111 - número de mortes na invasão da Casa de Detenção). Mas nem todos concordavam com isso, claro, e o camarada vivia recebendo ameaças de morte.
Sei não, mas esse homicídio tanto pode ter relação com o ano eleitoral com o fato de Guimarães haver sido recentemente absolvido de seus crimes - um escândalo judiciário. Será que saberemos a verdade?
Acréscimo em 31.8.2011
Se a verdade veio à tona, ninguém teve a delicadeza de me contar.
Um comentário:
A possibilidade de ter sido um homicídio devido ao ano eleitoral não deve ser descartada, entretanto, acho mais viável que tenha sido pelo fato de sua absolvição, afinal, o povo já está cansado de ver a maioria dos culpados impunes e muitos inocentes presos.
Como bem li um dia desses "fuçando" a internet: "o horário eleitoral gratuito é o único momento em que os nossos políticos estão em CADEIA NACIONAL".
Beijocas, prof.
Roberta Godinho
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