domingo, 17 de setembro de 2006

E por falar em magreza

Há alguns dias, divulgou-se que modelos magras demais seriam impedidas de participar de desfiles em Nova Iorque. Esta semana, contudo, na Semana da Moda, naquela cidade, tal ideia foi descartada porque seria "discriminatória", à semelhança do que seria se impedissem gordas de desfilar. Tolos, esses americanos, como sempre. Usam esse papo furado de liberdades civis para admitir todo tipo de loucura, mas sabem muito bem desprezar a liberdade, quando é alheia. Isso sem falar nos preconceitos. Censuraram o CD "Barulhinho bom", da Marisa Monte, porque na capa havia um desenho do Carlos Zéfiro, com uma mulher de seios desnudos. Uma indecência. Dia desses, uma revista de aconselhamento a gestantes foi execrada porque, na capa, mostrava uma mulher amamentando. A imagem da criança chupando o seio materno foi considerada repugnante. Esse mesmo povo produz aqueles filmes adolescentes que dispensam apresentações. É por isso que não lamento quando algum doido fuzila umas dezenas de americanos numa escola e se mata depois.(*)
Mas, voltando ao assunto, desta vez foi a Espanha que barrou as modelos com índice de massa corporal inferior a... 18!! Motivo: evitar a influência que elas provocam nas jovens, que desenvolvem anorexia para imitar as malucas. Como na Europa o buraco é mais embaixo, penso que, lá, a proibição chegou para ficar. Tomara.
Ah, sim, as informações contidas nesta postagem estão publicadas nos jornais online. Estou com preguiça de por os links.(**) Procurem, se quiserem. Boa noite.

Atualização em 5.10.2006:
A Folha publicou ontem uma nota informando que o estilista alemão Karl Lagerfeld fez pouco caso da polêmica sobre a magreza das modelos e declarou que o problema da obesidade é mais grave. Veja a pérola dita pela sumidade: "Não vemos garotas anoréxicas. As garotas são magrinhas. Elas têm ossos finos". Para o costureiro, o setor da moda não tem nenhuma culpa pelas desordens alimentares comuns em jovens, hoje em dia; trata-se de mera criação para vender jornais. Então tá.
Depois me exigem respeito por essa gente da moda.

(*) Meu Deus, eu era terrível nos primeiros tempos do blog! 
(**) E ainda era (mais) pedante! Como se naquela época eu tivesse leitores!
(Auto-avaliações em 3.9.2011)

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