sexta-feira, 29 de setembro de 2006

Lista de candidatos

Votar é importante. Quanto mais podre estiver nossa política partidária, tanto mais importante será votar. E não basta escolher bons candidatos majoritários: você precisa, também, eleger parlamentares que, além de sérios, possam dar sustentação ao governo que você preferiu. Na ampla constelação de nomes que se apresentam — ou seria melhor dizer "no grotesco circo de horrores"? —, é normal ficarmos perdidos. Por isso, se você ainda não escolheu o seu candidato ou se, mesmo tendo uma opção, não sabe o seu número, faça o seguinte:
  • Acesse o site do Tribunal Superior Eleitoral - www.tse.gov.br (para variar, o do Tribunal Regional Eleitoral não oferece a informação)
  • Na página inicial, clique quase ao centro no item "Divulgação de candidaturas"
  • Abrem-se quadros com o número de candidatos, a todos os cargos, em todos os Estados
  • Clique no cargo de seu interesse, p. ex. "Deputado estadual", e veja a relação completa de meli... digo, candidatos
Aí basta fazer a sua listinha ("cola") e votar no domingo, esperando, desejando com sinceridade que tenhamos dias melhores. E sem jamais esquecer uma terrível verdade: o problema dos que não gostam de política é que serão governados pelos que gostam.

10 comentários:

Ivan Daniel disse...

Esse é o problema mesmo... e os que estão no movimento (sic) "eu voto nulo" são todos uns preguiçosos, covardes, egoístas e hipócritas, porque na hora acabam votando em alguém sim, e errado, pra variar.

Anônimo disse...

Errado, Daniel Ivan, só quem defende a manutenção deste estado de coisas na política nacional é que critica aqueles que, com consciência política, dizem um basta e anulam seu voto, negando-se a sacramentar qualquer destes nomes que estão aí, todos defendendo seu quinhão, nunca o de todos.
Só quem é avesso a debate parte para a ignorância como voce, chamando aqueles que não concordam com sua atitude de carneiro de preguiçosos, covardes, egoístas e hipócritas.
Pois eu digo que tudo isso deve ser jogado na cara de quem defende esse tipo de política que sempre prejudicou o País. Quem vota em almir, ana júlia, priante, edmilson, lena e atnágoras não está optando pelo menos ruim, está optando por manter a mesma politicalha de sempre. E quem não admite posição diferente da sua está defendendo na verdade o fascismo.

Frederico Guerreiro disse...

É. Realmente. Tentei de todas as formas, mas o link "Divulgações das Eleições" no site do TSE não disponibiliza mais a página. Pelo menos aqui no meu computador não abre de jeito nenhum. Tentei procurar em outros sites e nada, também. Fiz pesquisa no Google e nada.
Portanto, perdi as esperanças de encontrar na lista um certo Senhor chamado Jesus Cristo.
Mais democrático mesmo seria não ser obrigado a votar.

Yúdice Andrade disse...

Pela primeira vez meu blog se abre a uma discussão acalorada. Aprecio a discussão, mas gostaria de evitar agressões pessoais. Parei de freqüentar comunidades do Orkut e criei um blog exatamente para poder debater temas relevantes sem partir para a ignorância.
Achei a crítica do Navi virulenta, mas publiquei - seja para não censurar, seja por não ver maiores danos em críticas sem destinatário certo. Não concordo com a posição, mas além de respeitá-la, hoje consigo entendê-la tanto que já me vejo anulando voto. Não vai ser desta vez, mas hoje encaro o voto nulo como uma opção tão democrática e opinativa quanto a escolha de um candidato.
Navi, tens sido um visitante assíduo do blog e muito te agradeço por isso. Espero que não te aborreças por publicar uma agressão pessoal. É que me senti mal com a idéia de censurar.
Enfim, é como faço em minhas salas de aula: estimulo o conflito acirrado de idéias mas, por favor, crianças: não briguem!

Anônimo disse...

Engano seu, mestre Randal. A crítica virulenta tinha destinatário certo: qualquer um que se disponha a, seja lá por qual motivo for, anular seu voto. Então, se o senhor pede desculpas ao Navi por postar um comentário que considera uma agressão pessoal, por que não pediu desculpas a todos aqueles pessoalmente agredidos com a grosseria do Navi?

Yúdice Andrade disse...

Talvez pelo motivo óbvio de que a agressão não partiu de mim - e nem poderia, já que, como afirmei, hoje acredito no voto nulo como um instrumento democrático válido e até mesmo consciente. Não preciso me desculpar com pessoas a quem declaradamente apoiei.
Engraçado como, de três dias para cá, a menção de temas políticos têm feito pessoas explodirem na minha frente. Eu mesmo fui destratado anteontem apenas porque defendi a importância de ajudar o PSol a vencer a cláusula de barreira.
Questiono-me: por que as pessoas conseguem discutir futebol feito loucos, mas tomando uma cervejinha juntos, e a política deixa as pessoas fora de si? Se ainda fossem os envolvidos diretos, vá lá. Para qualquer debate de idéias, uma boa dose de serenidade é necessária.
E era nesse nível que eu gostaria que prosseguíssemos. Para tanto, desde logo peço desculpas a toda e qualquer pessoa que se tenha melindrado com qualquer conteúdo deste blog. Não foi minha intenção ofender. Espero que isso fique claro.

Ivan Daniel disse...

Caro Anônimo (por quê?),
Quase acertou meu nome, és um bom observador, mas bateu na trave :)
Não vou pedir desculpas pelo sentimento de ofensa à qual te submeti quando da leitura de minhas duras (admito) palavras, porque assim como tu ficas indignado com elas, eu fico indignado com a tua opção do voto nulo. Isso não resolve nada. É fuga sim. Por que não lutas por um voto facultativo ao invés de anular mas ter que ir anular? Luta pelo direito de se abster sem sofrer sanção ou ter que se abalar até uma urna. Não seria ótimo pra tu ficar em casa, ou ir à praia, churrasco, clube, um almoço de família, passeio, num domingo de eleições ao invés de ficar estressado porque tem que ir até tua seção eleitoral, passar vários minutos numa fila, com raiva, calor (ou frio), sem esperanças, sonhos, confiança, obrigado a participar de um processo democrático no qual tu não acreditas?
Eu também não acredito mais, mas tenho a coragem de persistir de forma consciente, buscando propostas de melhorias, já que não podemos nos abster sem sanção. Então pelo menos eu tento, já que temos que participar.
Outra opção: viaja e justifica. Sempre justifiquei por motivo de não estar em meu domicílio eleitoral nas eleições, e acho que dá pra ter uma sensação de não ajudar a manter a politicalha que está aí.
Peço desculpas sim ao professor Yúdice por gerar esse mal-estar em seu blog. Ratifico que utilizei palavras muito fortes, pelas quais agora sinto-me envergonhado depois de terem sido classificadas de agressivas e ignorantes. Sou uma pessoa de paz e prometo não extrapolar mais em meus comentários.

Ivan Daniel disse...

Preciso fazer uma complementação: quando temos muitos candidatos acho que dá pra fazer um esforço e escolher os que demonstram um pouco mais de seriedade sincera; mas quando chega o segundo turno entre os candidatos pro executivo a coisa complica, porque podem ser aqueles candidatos nos quais não depositamos nem um pouco de confiança, e por isso acho aceitável, nesse caso, a idéia de votar nulo sim.

Anônimo disse...

Caro Ivan Daniel ( acertei agora?) minha virulência foi contra tuas palavras, nunca contra tua pessoa. Acho que chegamos a um ponto de discussão como se deseja: tu defendes o voto útil, eu continuo afirmando que voto nulo é sim, posição coerente, democrática e politicamente válida - já cansei de votar no menos ruim, meu caro ( e depois ver que o menos ruim talvez tenha sido o pior)! Pra teu governo, não votei nulo e nem vou votar agora no segundo turno, só não concordo com agressões a quem tem posição contrária à minha ou de quem quer que seja.
quanto a exercer ou não o voto, acho que já está na hora de fazer do voto um direito e não uma obrigação e aí só vai votar quem de fato deseja. Quem sabe os eleitos não se esforcem mais?
Outra coisa - há muitos anos não enfrento fila nenhuma pra votar - é chegar na seção e cumprir com o que chamam de "dever cívico", sem stress.
saudações cordiais.

Ivan Daniel disse...

Acertou sim, misterioso anônimo. Fique tranqüilo que entendo perfeitamente tua indignação com o meu comentário, até porque admiti ter sido muito rude, porquanto reforço novamente meu sincero pedido de desculpas ao professor Yúdice por deixá-lo em situação conflitante ao ter que decidir publicá-lo ou não.
Agora que estou devidamente "governado", e espero ter deixado claro meu posicionamento também, fico feliz por saber da tua realidade como cidadão/eleitor esclarecido, privilegiado e defensor do debate justo e aberto. Aceito a divergência de idéias sim, mas fui extremamente infeliz com as palavras. Talvez por ter estado muito envolvido com uma campanha política nessas eleições, onde defendia um "lado mais fraco" e me deixei levar pelas emoções... mas fique certo que sempre primo pela racionalidade. Já dizia Che: "Hay que endurecerse, pero sin perder la ternura jamás."
Encerro aqui nossa contenda com a vitória do bom senso.
Um abraço fraterno e paz profunda.