sexta-feira, 1 de abril de 2011

Google: instituição total

Quando George Orwell escreveu 1984, nele retratando a figura do "Big Brother" — que vigiava cada pessoa diuturnamente, no interesse do governo (infelizmente hoje reduzido ao programa mais idiota da TV brasileira) —, decerto que foi um visionário em muitos sentidos. Duvido, contudo, que ele tenha pensado tão longe. O Big Brother existe e, se tivéssemos que atribuir-lhe um nome, bem poderia ser Google.
Lendo este artigo, você fica sabendo quantas informações o Google compila a seu respeito. E talvez se sinta um pouco intranquilo.
Sem preocupação em se revelar, o Google disponibiliza uma funcionalidade que sintetiza todas as informações a seu respeito que estão armazenadas em seu banco de dados. Trata-se do Dashboard, que pode ser acessado aqui.
Fiz o teste e lá estavam as informações: contas do Google, Blogger, contatos, "círculo social e conteúdo" e outros. Se tiver essa curiosidade, vá lá e descubra sobre si mesmo.

5 comentários:

Luiza Montenegro Duarte disse...

Por enquanto, estou tranquila. O Dashboard não diz nada demais sobre mim. :)

Yúdice Andrade disse...

O que me incomodou, Luiza, foi o controle sobre o meu e-mail. Para alguém acessar o conteúdo deve ser tão fácil, tão primário! Isso me aborrece.

Luiza Montenegro Duarte disse...

É, o pessoal do Google tem acesso ao seu e-mail, enquanto o da Microsoft tem acesso ao meu. O da Yahoo tem acesso a outros tantos, assim como a Oi, a Uol, etc.
Mesmo os e-mails de contas privadas, dão acesso aos seus administradores.
Já usei e-mail de domínio próprio de um escritório onde trabalhei e, quando tinha problemas, era só ligar para o "rapaz da informática" que ele os baixava pra mim.
O que me serve de consolo é pensar que os gênios da informática não devem estar muito preocupados com as minhas mensagens. Talvez o "rapaz da informática", mas, sendo o e-mail profissional e tendo ele um contrato de sigilo, acho que não é grave.

Luiza Montenegro Duarte disse...

Na verdade, me recordei agora de uma coisa: no escritório, o pessoal que administrava a rede podia simplesmente mexer no meu computador, de outro endereço.
Eles estavam na sede deles e podiam mexer o meu mouse, abrir arquivos, digitar textos, etc. Cansamos de usar desse artifício para resolver problemas de configuração. Eu ficava lá olhando a tela e o "geniozinho" solucionando as coisas por mim!
Bom, pelo menos eu recebia um aviso quando ele estava acessando a minha máquina, mas que era meio invasivo, ah, isso era...

Yúdice Andrade disse...

Era a esse tipo de risco (desconforto, para dizer o mínimo) que eu me referia, Luiza. Isso nos dá uma sensação ruim, não dá?