Ontem, Polyana completou 35 semanas de gestação. Nos últimos meses, nossa rotina foi ver os números aumentando: semanas gestacionais, comprimento, peso, etc. Ficávamos na expectativa desse crescimento, pois dá uma certa insegurança pensar que a criaturinha no útero tem só um centímetro, vinte gramas, coisas assim. À medida que cresce, que o primeiro trimestre acaba, ficamos mais tranquilos quanto ao seu desenvolvimento e capacidade de sobrevivência, mas novas preocupações, naturalmente, surgem.
Chegando nas 30 semanas, porém, o ângulo se inverteu. Ao invés de "já estamos com..." passamos a "faltam só..." Aumenta a curiosa sensação de que falta tão pouco tempo para uma mudança sem igual em nossas vidas. Digo "curiosa" porque, em se tratando de uma gravidez planejada, não temos medo do futuro. Só aqueles medinhos inevitáveis, mais relacionados a não sermos capazes de fazer o necessário, de atender correta e completamente às necessidades da criança — coisas menores, que se aprende. Creio que estamos serenos até em relação a essas apreensões.
Ainda muito envolvidos com o turbilhão do semestre letivo que se finda, e que ocupa quase todas as horas do dia, aguardamos pela próxima semana — quando, enfim, poderemos descansar um pouco e tomar as providências que faltam. A esta altura, segundo toda a ciência das mães que nos orientam, as malas do bebê e da mãe, para levar à maternidade, já deviam estar prontas, para o caso de um parto prematuro. Não estão. Aliás, nem sequer temos a tal malinha. Faltam produtos para higienização dos objetos do bebê. Nossa, falta um monte de coisas! Mas, se Deus quiser, tudo será resolvido.
O mais importante: Júlia e Polyana estão saudáveis. Assim permaneceram ao longo de toda a gestação. Peso controlado (pouquíssimo ganho em quase oito meses), pressão estável, nenhum sintoma anormal, nem sequer cansaço excessivo, como todas as revistas e sítios destacam, com tanta ênfase que chega a desestimular os mais sensíveis. Apesar de um certo desconforto inicial, Polyana consegue dormir a noite toda, sem problemas. Deitada!
Enfim, Júlia é uma bênção. Até aqui, não deu nenhum trabalho. Oxalá prossiga assim.
3 comentários:
Não tenha esperança. Criança dá muito, muitíssimo trabalho. Vocês vão ver. Mas é reconfortante. Tem a fase de puro encanto. Depois, a poeira senta e a gente cai na real. Curtam todos os momentos. Mas que dá trabalho, dá sim. Toda criança dá trabalho. Os antigos já diziam, com razão: filhos criados, trabalhos dobrados. Dá trabalho, sim. Podem ter certeza. E que trabalho... Mas é gostoso. Vale a pena. Dá trabalho, sim. Repito: dá muito trabalho. Não imaginem que possam ser pais sem qualquer trabalho. Dá trabalho, embora alguns filhos não reconheçam isso (coitados... ingratos...). Enfim, faço votos de MUITO TRABALHO para os novos e futuros papais. Depois não digam que eu não avisei: dá trabalho, sim senhor, sim senhora... Dá trabalho...
Puxa vida, o anônimo não mediu palavras na hora de dizer que dá trabalho... :) Obrigada pelo alerta. Por hora, estamos felizes que ela não dê mais trabalho do que o normal... só o trabalho que toda criança saudável dá.
Abraços.
Caro anônimo, imagino que você já teve pelo menos um filho e que ele deu muuuuuuuuuito trabalho. Estamos conscientes disso e muito tranqüilos com o fato (veja o comentário de minha esposa). E, sim, temos esperança de que Júlia nos dê apenas o trabalho inevitável, à semelhança de diversas crianças que conhecemos.
Abraço.
Postar um comentário