Uma mulher — nesses casos, sempre é mulher — abandonou o bebê com idade estimada em 5 dias num matagal, no bairro da Jaderlândia. Embrulhou-o apenas com uma fralda, mas deixou duas roupinhas junto, o que sugere — apenas sugere — que tivesse o propósito de que o menino fosse encontrado e adotado por alguém. Todavia, péssimo lugar o escolhido para deixá-lo, sujeito à possibilidade de danos e de morte, antes que alguém aparecesse.
O horrível da história é contrabalançado pelo fato de que alguém apareceu e resgatou a criança, levando-a para a delegacia do bairro. Curiosidade popular despertada, uma mulher se apresentou para dar de mamar ao abandonado, compartilhando o leite de seu filho.
São esses gestos de respeito e solidariedade ao próximo que nos revigoram para prosseguir, num mundinho em que estamos cercados por todo tipo de perversidade e em que as perversidades sempre têm mais espaço do que os gestos meritórios.
Um dia de méritos para todos nós.
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