Depende, se tiver um bom vinho pode até ser. Falando em vinho, sou advogado militante na área trabalhista. Veja o que aconteceu ontem na justiça do trabalho (26/09). Ontem por volta das 12:00 horas, sai do Forum da Justiça Estadual e fui a Justiça do Trabalho, tentar falar com um Desembargador Federal para que fosse apreciada uma liminar em ação cautelar que ajuizei, faz uns dias.
O gabinete do Desembargador me informou que ele não estava, pois estaria resolvendo outros assuntos, mas que meu pedido seria a ele levado e a questão seria apreciada.
Fui assim ao gabinete de uma amiga desde a faculdade que hoje é juíza do trabalho lotada em Belém.
Comentei o assunto, e ela me disse que o trabalho estava reduzido, pois muitos juízes estavam na sede da associação dos juizes do trabalho - Amatra 8 em reunião e depois iriam participar de um curso de degustação de vinho, claro com muito vinho, e para acompanhar castanhas e outras guloseimas.
Detalhe, a sede da Amatra é no prédio do TRT 8, logo lá se pode beber a vontade em prédio público.
Não acreditei, mas ela me mostrou um e-mail do Presidente da Amatra, Desembargador Gabriel Veloso, que está sem trabalhar desde janeiro/2008 e vai ficar até dezembro/2009 sem ver processo, pois foi liberado para a associação.
A pérola contida no e-mail é a seguinte: "A reunião da Diretoria acontecerá a partir das 10 horas, com novidades de Brasília e sobre nosso encontro do Rio de Janeiro. Às 14:30 teremos nosso esperado curso sobre vinhos, quando a sommeliére Simone Morelli nos conduzirá a uma viagem sensorial irresistível."
Isso mesmo, no final de outubro os juízes do trabalho do Pará e do Amapá vão ficar uma semana, fazendo um encontro no Rio de Janeiro, para tratar assuntos da justiça do trabalho de nosso Estado.
É a globalização dos encontros.
Daqui a pouco o encontro deles será no exterior, pois quanto mais longe dos processos melhor.
Minha amiga juíza não vai participar de nenhum dos dois eventos, ele tem amor pelo trabalho, como magistrada do trabalho.
Para não atrapalhar a degustação de vinho dos juízes, avisei a meu cliente, que se a ressaca tiver passado na segunda vou tentar conseguir a liminar para desbloquear suas contas bancárias, afinal que são mais três dias de contas vencidas com juros e multa que não foram pagas, em razão do bloqueio de suas contas?
Caro anônimo, será você a pessoa que sempre posta assuntos sobre a Justiça do Trabalho, digamos assim... questionando certas inconveniências? O caso do juiz afastado realmente é do maior interesse público, seja ele culpado ou não, por isso merece atenção da sociedade em geral. Este caso que ora nos trazes é estarrecedor. Mas esse é o nosso Brasil: quem conquista uma fração de poder público não hesita em usá-lo em benefício próprio, mesmo que, às vezes, de modo supostamente inocente, como nesse caso. Não é o que acontece naqueles gabinetes de autoridades, durante o Círio, com deus e o mundo comendo e bebendo (inclusive álcool) às custas do contribuinte? E isso porque é um evento religioso. Imagine o que não fazem quando não há dois milhões de pessoas olhando.
5 comentários:
Com licença, que eu vou vomitar...
BLEARGH!
Depois dessa quem vai querer comer? Esses "caras"são estranhos, no mínimo...
Acontece, anônimo. Fique à vontade.
Eles dizem o mesmo por causa da nossa maniçoba, Marcela. Tudo se resume a questões culturais.
Depende, se tiver um bom vinho pode até ser.
Falando em vinho, sou advogado militante na área trabalhista.
Veja o que aconteceu ontem na justiça do trabalho (26/09).
Ontem por volta das 12:00 horas, sai do Forum da Justiça Estadual e fui a Justiça do Trabalho, tentar falar com um Desembargador Federal para que fosse apreciada uma liminar em ação cautelar que ajuizei, faz uns dias.
O gabinete do Desembargador me informou que ele não estava, pois estaria resolvendo outros assuntos, mas que meu pedido seria a ele levado e a questão seria apreciada.
Fui assim ao gabinete de uma amiga desde a faculdade que hoje é juíza do trabalho lotada em Belém.
Comentei o assunto, e ela me disse que o trabalho estava reduzido, pois muitos juízes estavam na sede da associação dos juizes do trabalho - Amatra 8 em reunião e depois iriam participar de um curso de degustação de vinho, claro com muito vinho, e para acompanhar castanhas e outras guloseimas.
Detalhe, a sede da Amatra é no prédio do TRT 8, logo lá se pode beber a vontade em prédio público.
Não acreditei, mas ela me mostrou um e-mail do Presidente da Amatra, Desembargador Gabriel Veloso, que está sem trabalhar desde janeiro/2008 e vai ficar até dezembro/2009 sem ver processo, pois foi liberado para a associação.
A pérola contida no e-mail é a seguinte:
"A reunião da Diretoria acontecerá a partir das 10 horas, com novidades de Brasília e sobre nosso encontro do Rio de Janeiro.
Às 14:30 teremos nosso esperado curso sobre vinhos, quando a sommeliére Simone Morelli nos conduzirá a uma viagem sensorial irresistível."
Isso mesmo, no final de outubro os juízes do trabalho do Pará e do Amapá vão ficar uma semana, fazendo um encontro no Rio de Janeiro, para tratar assuntos da justiça do trabalho de nosso Estado.
É a globalização dos encontros.
Daqui a pouco o encontro deles será no exterior, pois quanto mais longe dos processos melhor.
Minha amiga juíza não vai participar de nenhum dos dois eventos, ele tem amor pelo trabalho, como magistrada do trabalho.
Para não atrapalhar a degustação de vinho dos juízes, avisei a meu cliente, que se a ressaca tiver passado na segunda vou tentar conseguir a liminar para desbloquear suas contas bancárias, afinal que são mais três dias de contas vencidas com juros e multa que não foram pagas, em razão do bloqueio de suas contas?
Caro anônimo, será você a pessoa que sempre posta assuntos sobre a Justiça do Trabalho, digamos assim... questionando certas inconveniências? O caso do juiz afastado realmente é do maior interesse público, seja ele culpado ou não, por isso merece atenção da sociedade em geral.
Este caso que ora nos trazes é estarrecedor. Mas esse é o nosso Brasil: quem conquista uma fração de poder público não hesita em usá-lo em benefício próprio, mesmo que, às vezes, de modo supostamente inocente, como nesse caso. Não é o que acontece naqueles gabinetes de autoridades, durante o Círio, com deus e o mundo comendo e bebendo (inclusive álcool) às custas do contribuinte? E isso porque é um evento religioso. Imagine o que não fazem quando não há dois milhões de pessoas olhando.
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