domingo, 11 de outubro de 2009

Acidente

Há poucos minutos, vi algo que jamais pensei que veria pessoalmente e na esquina de casa: um paraquedista estatelado no asfalto.
Devido à relativa confusão que se formou no trânsito o prazer mórbido de ver desgraças , fiquei retido uns minutinhos e foi assim que fiquei sabendo do que se tratava, pois a princípio pensei tratar-se de um atropelamento ou, talvez, de um baleamento, já que havia duas viaturas da Polícia Militar no local, posicionadas de modo a proteger a vítima.
Obviamente, não desci do carro como outros fizeram, o que só atrapalharia o trabalho da polícia. Aliás, faço questão de registrar que os policiais chegaram rápido e estavam visivelmente preocupados em assegurar o atendimento do rapaz, afastando os curiosos, pedindo por favor e tratando a todos com respeito e educação. Eu, p. ex., fosse o policial, não seria muito educado com o sujeito que sacou de um celular para fotografar o rosto ensanguentado da vítima, à queima roupa. Que falta de respeito! E mais, de humanidade!
Do que vi de minha janela, já que passei bem ao lado, sei que o rapaz estava consciente, falando e mexendo as mãos, talvez para se certificar de que possuía movimentos nelas. Pelos jornais, talvez fiquemos sabendo as circunstâncias do acidente.

6 comentários:

Anônimo disse...

As pessoas perderam a noção de limite. Não se incomodam em incomodar, muito pelo contrário, parecem fazer questão de incomodar...
Ana Miranda.

Anônimo disse...

Perderam? Quando já tiveram respeito pelo outro? Nós ainda vivemos em um estágio pré-civilizado. Ler Freud em Belém é um exercício de imaginação. Não há civilização suficiente para reprimir os impulsos, muito pelo contrário, esses são cada vez mais banais e bestiais. Estamos no elo perdido e com o tschaka como prefeito.

Yúdice Andrade disse...

E se esforçam para isso, Ana!

Das 10h02, não é a primeira vez que ouço falar sobre um estado primitivo ou pré-histórico das pessoas destas plagas.
Quanto ao prefeito... Tive que rir do comentário! E concordar, claro.

Frederico Guerreiro disse...

Eu nem sabia disso, Yúdice! E olha que minha sogra é sua vizinha, e meu vizinho é paraquedista e não disse nada a respeito.
Bem, certo é que em algum lugar ele ia cair, não é mesmo? Tomara não tenha sido grave.

Yúdice Andrade disse...

Infelizmente, Fred, não consegui encontrar notícias sobre o rapaz. Se puderes sondar com o teu vizinho, gostaria de saber algo. Surge uma empatia quando vemos uma pessoa ferida assim, tão perto.
Tua sogra é minha vizinha-colada? Da direita ou da esquerda? Ou mora mais afastado?

Frederico Guerreiro disse...

Um pouco mais fastado, esquina da A com a I. Bem pertinho.