Comemoro hoje o meu décimo dia do professor, no recesso do meu lar. Trabalhando, claro. Corrigindo provas. O ofício do professor não se encerra nunca, ainda mais hoje, com as ferramentas virtuais de comunicação. Sempre há uma mensagem para ler e responder. Esta é uma tarefa de que gosto muito, porque há alunos que se intimidam de perguntar em sala de aula, mas encontram espaço para fazê-lo através do computador. Gosto de pensar, também, que a aula se estende para horários inesperados, numa espécie de metáfora de que a educação é uma atividade diuturna, a ser exercitada em cada ato de nossas vidas.
De minha parte, não pretendo que os professores sejam uma categoria endeusada, como na Índia. Respeito e reconhecimento já bastam. Afinal, a docência é um prazer que, por si só, já recompensa bastante.
Minhas homenagens aos professores.
6 comentários:
Ih, caramba! É mesmo! Nem dei os parabéns a minha esposa.
Fique logo com os seus. Parabéns, mestre Yúdice!
Meus pêsames, mestre!
Aparente você finge adorar a sua profissão. Mas na verdade é mais do que evidente que você odeia.
(Em suma, frustração claríssima).
Coitado das vítimas.
É, amigo, nós, professores universitários, pela estrutura e pelo salário com que contamos, não temos nem a autoridade moral de fazer nossas as mais que justas reclamações de nossos colegas dos ensinos médio, fundamental e pré-escolar, nem de nossos colegas das escolas públicas, das escolas do interior e das escolas comunitárias. Quando se trata da docência, estamos no topo da cadeia alimentar, embora, na verdade, o pouco que conseguimos ensinar, conseguimos com base no que nossos colegas menos bem tratados e menos bem remunerados puderam fazer. Foram eles que fizeram o trabalho grosso, que ensinaram o mais difícil. Mas somos que recebemos mais louros pelo que fazemos. Isso não nos tira o direito de reivindicar, mas deve nos dar a consciência de que não somos nós os mais necessitados de valorização. Feliz Dia dos Professores! Feliz correção de provas! Abração!
Minhas homenagens a todos os professores e em especial a Você!!! Parabéns atrasado!!!!
Ana Miranda.
Não sabia que tua esposa era do ramo, Fred. Felicitações a ela.
Teu dia de glória, garoto: resolvi publicar o teu comentário de hoje! Satisfeito? A propósito, quando vamos bater outro papo pelo Orkut? "Não-papo" talvez fosse mais apropriado. Será que ficaste assim tão chateado com isso?
Meu amigo André, estás certo como sempre. Na verdade, eu gostaria de escrever sobre a vida desses verdadeiros guerreiros da educação, mas não disponho de tempo para isso. Cheguei a escrever com base em relatos de uma amiga professora do ensino fundamental, que lecionava na Ilha do Combu, a minha querida Alana, mas ela faleceu, o que foi uma surpresa chocante para quem a conhecia. Eu já escrevi uma homenagem aos professores apresentando-a como exemplo e, hoje, quando chega a data, recordo-me dela e fico sem inspiração para escrever.
Mas é isto. O tema ainda será tratado, se Deus quiser.
Não há atraso, Ana. Somos professores todos os dias. Obrigado.
É, meu amigo. Minha esposa também é professora universitária, pós-graduada em pedagogia. Atualmente exerce a nobre profissão no IFPA, antigo CEFET. É daquele tipo de profissional que pega aqueles alunos a que o André se referiu, e até mesmo aqueles que o ensino básico não deu conta de ensinar alguma coisa. Já tive a oportunidade de acompanhá-la em suas incursões pelo interior do estado, para ministrar curso de reciclagem de professores da rede pública, e também do curso de pedagogia, e fiquei maravilhado ao ver a importância de seu trabalho. É inacreditável que há no interior do estado professores do ensino fundamental que NÃO SABEM ESCREVER!?!?! Foi então que vi a importância do ensino básico, o começo de tudo, e como o André disse, o mais difícil de ser ensinado. Assim como vocês, acho que ela só não pode fazer melhor porque os alunos não vão conseguir acompanhá-la. Mas um dia, todos nós juntos conseguiremos mudar um pouco essa triste realidade do nosso país.
Parabéns a todos.
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